Oportunidades perdidas de imunização antitetânica de gestantes de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil

OBJETIVOS: Estimar as oportunidades perdidas de vacinação antitetânica e a cobertura vacinal ao final da gravidez em gestantes de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais, Brasil. MÉTODOS: Entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 1996, realizou-se um estudo transversal com 430 mulheres selecionadas aleator...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Laura Maria Braga Borges de Mattos, Waleska Teixeira Caiaffa, Ronaldo Rocha Bastos, Edward Tonelli
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2003
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49892003001000010
https://doaj.org/article/c8906c848ad04bf18fd079dbaa758eab
Description
Summary:OBJETIVOS: Estimar as oportunidades perdidas de vacinação antitetânica e a cobertura vacinal ao final da gravidez em gestantes de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais, Brasil. MÉTODOS: Entre 1º de janeiro e 31 de agosto de 1996, realizou-se um estudo transversal com 430 mulheres selecionadas aleatoriamente entre todas as gestantes de Juiz de Fora. As participantes foram entrevistadas a respeito do controle pré-natal, conhecimento sobre o tétano e vacinação antitetânica. RESULTADOS: A idade das gestantes variou de 14 a 45 anos (média de 26,4 ± 6,9 anos); 420 eram de zona urbana e 10 de zona rural. O controle pré-natal foi feito pelo Sistema Único de Saúde em 69,5% (299) das mulheres; 27,6% (119) utilizaram outros convênios; e 2,8% (12) não fizeram controle pré-natal. Trezentas e cinqüenta e duas mulheres (81,8%) portavam o cartão de controle pré-natal e 85,6% (368) tiveram quatro ou mais consultas pré-natais. Com relação ao conhecimento do tétano, 92,1% (396) demonstraram conhecer a doença e sua gravidade. Dentre 430 gestantes, 359 (83,5%) iniciaram a gestação não imunizadas contra o tétano: 104 foram imunizadas durante a gravidez em estudo e 255 permaneceram sem vacina até o puerpério, apesar do aumento significativo na chance de imunização com o aumento do número de visitas de pré-natal (OR = 2,7 para quatro ou mais visitas; P < 0,001). Foram de 70% as oportunidades perdidas de imunização antitetânica na gestação e de 40,6% a cobertura vacinal das gestantes. CONCLUSÃO: A baixa cobertura vacinal, inferior aos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde, e o índice elevado de oportunidades perdidas de imunização antitetânica apontam para a necessidade de se instituir uma estratégia de incentivo à vacinação, direcionada aos profissionais de saúde em geral e especialmente àqueles responsáveis pelo atendimento das gestantes, tanto em postos de saúde quanto em clínicas privadas. Além disso, a rotina de vacinação em Juiz de Fora deve ser intensificada.