Determinantes sociais e autorrelato de tuberculose nas regiões metropolitanas conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Brasil

OBJETIVO: Verificar a associação entre variáveis demográficas e socioeconômicas individuais e a ocorrência de tuberculose autorrelatada no Brasil. MÉTODOS: Este estudo transversal utilizou dados do suplemento saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para as regiões metropolitanas...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Rejane Sobrino Pinheiro, Gisele Pinto de Oliveira, Evangelina Xavier Gouveia Oliveira, Enirtes Caetano Prates Melo, Cláudia Medina Coeli, Marilia Sá Carvalho
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2013
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/bdc92cfdfd4b48468d28df05e37faf8b
Description
Summary:OBJETIVO: Verificar a associação entre variáveis demográficas e socioeconômicas individuais e a ocorrência de tuberculose autorrelatada no Brasil. MÉTODOS: Este estudo transversal utilizou dados do suplemento saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) para as regiões metropolitanas do Brasil no ano de 2008. Foi analisada a associação entre variáveis demográficas, sociais e de acesso e uso de serviços de saúde e a chance de o indivíduo ter respondido de forma positiva à pergunta da PNAD sobre ter sido informado por um profissional de saúde de que tinha tuberculose. A posição socioeconômica foi estimada com base na renda familiar per capita, escolaridade, raça/cor e número de pessoas por dormitório. Ter lugar de referência para buscar cuidado de saúde e ter plano de saúde foram utilizados como proxy de acesso aos serviços de saúde. A variável "ter consultado um médico nos últimos 12 meses" foi utilizada para medir o uso de serviços de saúde. Como o desenho amostral da PNAD é complexo, utilizou-se regressão logística com ponderação e correção do efeito de desenho da amostra. RESULTADOS: A chance de o indivíduo ter sido informado sobre ser portador de tuberculose foi maior entre os homens e aumentou com a idade. No conjunto das regiões metropolitanas, a partir de meio salário mínimo, foi menor a chance de o indivíduo ter sido informado sobre ser portador de tuberculose. Não ter consultado médico no último ano e ter escolaridade igual ou maior do que o ensino médio reduziu em 60% as chances de receber informação acerca de ser portador de tuberculose. CONCLUSÕES: A melhoria das condições de vida de segmentos populacionais mais vulneráveis à tuberculose e o acesso ao diagnóstico devem ser estratégias prioritárias para alcançar o controle da doença.