A comunidade lenhosa de cerrado rupestre na Serra Dourada, Goiás.

O Cerrado rupestre é a comunidade vegetal que ocupa afloramentos de arenito e quartzito. Este é ainda encontrado em bom estado de conservação principalmente devido ao acesso relativamente restrito maioria de suas áreas. Ocorre na Serra Dourada - GO onde foi objeto do presente estudo na Estância Quin...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Heringeriana
Main Authors: Sabrina Coutro Miranda, Manoel Cláudio da Silva Júnior, Leandro Almeida Salles
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Portuguese
Published: Jardim Botânico de Brasília 2015
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.17648/heringeriana.v1i1.117
https://doaj.org/article/b97c35e0c8d74cee8ba29ee716e13da0
Description
Summary:O Cerrado rupestre é a comunidade vegetal que ocupa afloramentos de arenito e quartzito. Este é ainda encontrado em bom estado de conservação principalmente devido ao acesso relativamente restrito maioria de suas áreas. Ocorre na Serra Dourada - GO onde foi objeto do presente estudo na Estância Quinta da Serra (16o 02' 01" S e 50o 03' 41" W) que visa avaliar a fitossociologia e a estrutura diamétrica do seu componente lenhoso. Para o inventário permanente foram aplicadas 10 parcelas de 20 x 50 m para a avaliação dos indiví­duos com Db30cm ââ?°¥ 5 cm, inclusive os mortos em pé. Foram encontradas 54 espécies de 43 gêneros e 25 famí­lias. O H= 3,13 nats.ind-1, equalibilidade J'=0,79, Chao 1= 66 e Chao 2 = 63 espécies refletem a alta diversidade florí­stica na amostra. A densidade total foi 1.137 ind.ha-1 e a área basal total foi 7,085 m2.ha-1. As espécies mais importantes foram Andira vermifuga Mart. Ex Benth, Qualea parviflora Mart., Wunderlichia crulsiana Taub., Anacardium occidentale L. e Heteropterys byrsonimifolia A. Juss. A comparação com a fitossociologia de outras 23 áreas de cerrado sentido restrito no Brasil Central, em diferentes classes de solos, estudadas com o mesmo método, ressaltou diferenças florí­sticas e estruturais entre as áreas. A distribuição dos diâmetros indicou a tendência auto-regenerativa para a comunidade, onde 96% dos indiví­duos apresentaram Db30cm < 15 cm. O maior Db30cm foi de 41,06 cm anotado para um indiví­duo de Caryocar brasiliense Cambess. O pequeno crescimento em diâmetro parece ser uma das limitações impostas aos indiví­duos nestes ambientes. Os indiví­duos mortos "em pé" representaram apenas 2,2% da densidade total, 2,3% da área basal total e ocorreram em 70% das parcelas, o que salienta o estado de conservação da vegetação local. O cerrado rupestre estudado é composto por 21 (38,9%) espécies amplamente distribuí­das no Bioma, é portanto, fonte potencial de sementes e propágulos para recuperação de áreas degradadas em diferentes classes de solos na região.