Leishmaniose mucocutânea humana em Três Braços, Bahia - Brasil: uma área de transmissão de Leishmania braziliensis braziliensis. III. Comprometimento mucoso e evolução inicial

Numa análise de 57 pacientes o acometimento da mucosa foi mais comumente observado em homens (77%) na terceira década de vida, embora fosse grande a variação das idades e ocorrendo mesmo o acometimento de duas crianças. Com a exceção de nove pacientes (16%) todos os outros tinham sinais de leishmani...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Main Authors: Philip D. Marsden, Elmer A. Llanos-Cuentas, Edinaldo L. Lago, César C. Cuba, Air C. Barreto, Jackson M. Costa, Thomas C. Jones
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1984
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.1590/S0037-86821984000400004
https://doaj.org/article/b723ccee7a7a45dab72317d687ed9155
Description
Summary:Numa análise de 57 pacientes o acometimento da mucosa foi mais comumente observado em homens (77%) na terceira década de vida, embora fosse grande a variação das idades e ocorrendo mesmo o acometimento de duas crianças. Com a exceção de nove pacientes (16%) todos os outros tinham sinais de leishmaniose cutânea sendo que em somente oito (14%) de lesão era ativa. O acometimento do nariz foi observado em 100% de 19 pacientes que apresentavam lesões múltiplas e em 92% de 38 pacientes apresentando uma única lesão. A faringe, palato, laringe e lábio superior foram afetados nesta experiência. 42% dos pacientes com lesões múltiplas apresentavam acometimento da laringe sendo que em dois pacientes a única lesão existente apresentava-se neste ponto. Não foi observada qualquer diferença relacionada com a idade no que se referia à existencia de lesões únicas ou múltiplas. A duração do acometimento da mucosa variou de menos de 4 até 264 meses. Somente 7% desenvolveram o acometimento da mucosa após mais de dez anos o desenvolvimento da lesão cutânea. Os pacientes usualmente responderam ao tra-tamento adequado por antimonial embora em algumas exceções fosse usada amphotericina B. Morreram três pacientes que se recusaram a colaborar no tratamento. Dois anos após o tratamento observou-se positividade de anticorpos fluorescentes em somente 18% dos pacientes entre aqueles acompanhados.