Tendências no ensino da epidemiologia no Brasil

O ensino da epidemiologia teve início no Brasil na década de 20 e sempre foi voltado para a saúde pública. Na década de 70, o ensino de epidemiologia passou por um crescimento em nível de pós-graduação. Os anos 80 foram marcados pela "epidemiologia social", que incorporava as ciências soci...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Author: Rita Barradas Barata
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 1997
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49891997001100006
https://doaj.org/article/96374cb1d86a47f0bb8e1dee980b4229
Description
Summary:O ensino da epidemiologia teve início no Brasil na década de 20 e sempre foi voltado para a saúde pública. Na década de 70, o ensino de epidemiologia passou por um crescimento em nível de pós-graduação. Os anos 80 foram marcados pela "epidemiologia social", que incorporava as ciências sociais e seus métodos; a segunda metade da década foi marcada pelo desenvolvimento das técnicas da bioestatística. No momento atual, a definição de diretrizes para o ensino da epidemiologia depende da reflexão acerca de vários pontos, entre os quais a reformulação ou extinção dos programas de residência médica em medicina preventiva, medicina social ou saúde coletiva; implantação de programas de mestrado e doutorado exclusivamente em oposição entre formação instrumental e formação teórica; e desenvolvimento de estratégias para o fortalecimento de novos grupos de docentes em instituições de ensino nas regiões mais pobres do país. Existe uma tendência positiva de aproximação entre instituições de ensino e serviços de saúde, tanto para o cumprimento de tarefas de ensino e formação de pessoal, quanto para o assessoramento técnico no planejamento, organização e avaliação de programas. Em relação aos profissionais que atuam em serviços de saúde, a efetividade dos programas em epidemiologia depende da capacidade dos docentes de trabalharem com situações de ensino-aprendizagem que facilitem a apreensão por parte dos alunos nas condições reais de seu trabalho, situações concretas em que a teorização seja uma decorrência natural.