Heterogeneidade espaço-temporal dos indicadores de imunização da vacina tríplice viral em crianças no Brasil

Objetivo. Avaliar a cobertura vacinal e as taxas de abandono da vacina tríplice viral nas macrorregiões brasileiras. Métodos. Este estudo ecológico, com abordagem espaço-temporal, utilizou dados do Programa Nacional de Imunizações e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. Estimou-se a variaçã...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Lívia de Lima Moura, Mercedes Neto, Reinaldo Souza-Santos
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2024
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.26633/RPSP.2024.34
https://doaj.org/article/92ee0a56f59b4f8aa48b2572cfd46ce7
Description
Summary:Objetivo. Avaliar a cobertura vacinal e as taxas de abandono da vacina tríplice viral nas macrorregiões brasileiras. Métodos. Este estudo ecológico, com abordagem espaço-temporal, utilizou dados do Programa Nacional de Imunizações e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. Estimou-se a variação anual (2014 a 2021) da cobertura vacinal e da taxa de abandono da vacina tríplice viral em crianças de 12 meses e 15 meses de idade nos 5 570 municípios brasileiros. A análise estatística foi realizada para o conjunto de municípios de cada macrorregião brasileira usando a técnica de varredura espaço-temporal, considerando o modelo probabilístico de Poisson e a hipótese de que os municípios com menores coberturas vacinais ou altas taxa de abandono formariam aglomerados (clusters) espaço-temporais. Resultados. De 2014 a 2021, 38,3% e 12,9% dos municípios alcançaram cobertura da vacina tríplice viral ≥ 95,0% na primeira e segunda doses, respectivamente; 53,6% dos municípios tiveram alta taxa de abandono (20,0% a 49,9%) e 37,2% tiveram altíssima taxa de abandono. O Nordeste apresentou os clusters primários para baixa cobertura da primeira (2018 a 2021) e da segunda doses (2020 a 2021) da vacina tríplice viral com maiores riscos relativos (RR) em relação aos demais clusters primários. O RR para alta taxa de abandono foi elevado em todas as macrorregiões brasileiras (1,57 a 26,23). Conclusões. Em algumas macrorregiões, a taxa de abandono era alta desde 2014, sinalizando risco de ressurgimento do sarampo. Por sua vez, a análise espaço-temporal indicou mais baixas coberturas vacinais em 2020, sugerindo influência da pandemia de covid-19.