Imigrantes em um continente perdido: O registro fossilífero de roedores Caviomorpha (Mammalia: Rodentia: Ctenohystrica) do Cenozoico do Brasil

Rodentia é um dos grupos de mamíferos placentários mais diversificados. Representantes desse clado possuem uma ampla distribuição geográfica, ocupando todos os continentes, com exceção da Antártida. Entre as diversas linhagens que compõem Rodentia, destacam-se os Caviomorpha, um grupo de origem sul-...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Terrae Didatica
Main Author: Leonardo Kerber
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Campinas 2018
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.20396/td.v13i3.8650959
https://doaj.org/article/805a38a97d2f4b4f9c6cce0d31555a5e
Description
Summary:Rodentia é um dos grupos de mamíferos placentários mais diversificados. Representantes desse clado possuem uma ampla distribuição geográfica, ocupando todos os continentes, com exceção da Antártida. Entre as diversas linhagens que compõem Rodentia, destacam-se os Caviomorpha, um grupo de origem sul-americana. Caviomorfos surgem no registro fossilífero durante o Eoceno médio, passando por diversos períodos de diversificação ao longo do Cenozoico, principalmente durante o final do Oligoceno e Mioceno médio/final. Aqui compilamos as informações sobre o registro fossilífero desse grupo no território brasileiro e discutimos aspectos em relação à sistemática, morfologia, ecologia, evolução e implicações dos fósseis. Fósseis dos seguintes grupos têm sido coletados em nosso país: Erethizontidae (Erethizontoidea), Echimyidae, Ctenomyidae (Octodontoidea), Caviidae (incluindo Hydrochoerinae), Dasyproctidae, Cuniculidae (Cavioidea), Chinchillidae, Dinomyidae e Neoepiblemidae (Chinchilloidea). Os fósseis encontrados nessa porção do continente têm ajudado a contar parte da história evolutiva dos caviomorfos durante o Oligoceno final, Neógeno e Quaternário. Como futuras perspectivas no estudo dos fósseis de roedores do Brasil, espera-se que a coleta com controle estratigráfico de novos espécimes, revisão de fósseis depositados em coleções científicas e refinamento do conhecimento sobre a morfologia das unidades taxonômicas contribuirão para uma melhor compreensão sobre a diversidade e evolução desse grupo.