Situações com potencialidade para atuação da fisioterapia na atenção básica no Sul do Brasil

OBJETIVO: Identificar situações com potencialidade para atuação da fisioterapia em uma área de abrangência da Estratégia Saúde da Família no Sul do Brasil. MÉTODOS: Neste estudo transversal, foram visitados 629 domicílios e coletadas informações sobre 2 316 pessoas através de um instrumento semiestr...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Cristina Dutra Ribeiro, Maria Cristina Flores Soares
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2014
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/7bb056914a52463b99a22075f9350b30
Description
Summary:OBJETIVO: Identificar situações com potencialidade para atuação da fisioterapia em uma área de abrangência da Estratégia Saúde da Família no Sul do Brasil. MÉTODOS: Neste estudo transversal, foram visitados 629 domicílios e coletadas informações sobre 2 316 pessoas através de um instrumento semiestruturado que investigou a existência de agravos à saúde com potencialidade para atuação da fisioterapia (diabetes, hipertensão arterial, doenças osteomusculares, doenças neurológicas, doenças respiratórias em adultos e crianças). Na presença desses agravos, investigamos se as famílias ou pacientes haviam recebido orientação para melhora da qualidade de vida e qual profissional havia fornecido essas informações. Finalmente, investigamos se os entrevistados conheciam o atendimento fisioterapêutico e a demanda por esse tipo de atendimento ao longo da vida e nos últimos 12 meses. RESULTADOS: Nas 629 famílias investigadas, foram referidos os seguintes agravos: diabetes (11,9%), hipertensão (46,9%), doenças osteomusculares (36,7%), doenças neurológicas (3,4%), doenças respiratórias em adultos (18,9%) e crianças (15,7%) e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) (3,8%). O recebimento de orientações específicas foi referido por 57,3% dos diabéticos, 64,1% dos hipertensos, 39,8% dos portadores de doenças osteomusculares, 45,5% dos doentes neurológicos, 26,9% dos adultos e 60,6% das crianças com doenças respiratórias e 62,5% das crianças com atraso do DNPM. Em relação ao conhecimento sobre a profissão, 92,4% já tinham ouvido falar em fisioterapia. Desses, 41,0% relataram ter necessitado fisioterapia alguma vez na vida, sendo a maioria (54,4%) para patologias traumato-ortopédicas. CONCLUSÕES: Os resultados respaldam a necessidade de inserção do fisioterapeuta na equipe da Estratégia Saúde da Família.