Impacto orçamentário do parto vaginal espontâneo e da cesariana eletiva sem indicação clínica no Brasil

Objetivos. Estimar o impacto orçamentário do excesso de cesarianas sem indicação clínica em comparação ao parto vaginal para gestantes de risco habitual no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Métodos. A análise se baseou em um modelo estático. A população de referência foi a de gestantes de risc...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Aline Piovezan Entringer, Maria Auxiliadora de Souza Mendes Gomes, Ana Carolina Carioca da Costa, Márcia Pinto
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2018
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.116
https://doaj.org/article/6a6a240eb5e643bcaaf91e0f4b0b5e81
Description
Summary:Objetivos. Estimar o impacto orçamentário do excesso de cesarianas sem indicação clínica em comparação ao parto vaginal para gestantes de risco habitual no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Métodos. A análise se baseou em um modelo estático. A população de referência foi a de gestantes de risco habitual. O horizonte temporal foi de 5 anos. Utilizou-se um modelo de regressão de Poisson para projetar o número de nascidos vivos de 2016 a 2020. O cálculo do custo direto da cesariana eletiva e do parto vaginal foi baseado em dois estudos prévios, nos quais foi calculado o valor esperado dos procedimentos através de um modelo de decisão analítico que incluiu as intercorrências clínicas da internação até a alta da maternidade. O cenário de referência dessa análise considerou 29% de cesarianas em excesso no país. Resultados. O custo total da assistência ao parto e nascimento para as primíparas e multíparas sem cicatriz uterina no cenário de referência foi de US$ 707,5 milhões para o ano de 2016. No cenário 1 (melhor cenário), que considerou apenas o parto vaginal para essas gestantes, houve uma redução de custos de US$ 76,5 milhões ao ano. Para multíparas, a comparação do cenário de referência com o melhor cenário gerou economia de mais de US$ 4 milhões ao ano. Conclusões. Os resultados indicam que o incentivo ao parto vaginal gera economia.