Isolamento da Yersinia pestis nos focos pestosos do Nordeste do Brasil no período de 1966 a 1982

No período de 1966 a 1982 foram isoladas 861 cepas de Yersinia pestis sendo 471 originadas de material de roedores e outros pequenos mamíferos, 236 de lotes de pulgas, 2 de lotes de Ornithodorus e 152 de seres humanos dos focos pestosos do Nordeste do Brasil. Entre os roedores, a espécie que concorr...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Main Authors: Alzira Maria Paiva de Almeida, Darci Pascoal Brasil, Francisco Gomes de Carvalho, Célio Rodrigues de Almeida
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Universidade de São Paulo (USP) 1985
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.1590/S0036-46651985000400009
https://doaj.org/article/5c132e0f6208439fbe7a397b1f9c117b
Description
Summary:No período de 1966 a 1982 foram isoladas 861 cepas de Yersinia pestis sendo 471 originadas de material de roedores e outros pequenos mamíferos, 236 de lotes de pulgas, 2 de lotes de Ornithodorus e 152 de seres humanos dos focos pestosos do Nordeste do Brasil. Entre os roedores, a espécie que concorreu para o maior número de isolamentos foi o Zygodontomys lasiurus pixuna que, também, forneceu o maior número de lotes de pulgas naturalmente infectados, principalmente do gênero Polygenis. O isolamento da Yersinia pestis de material proveniente de 13 Municípios do Estado de Pernambuco, 7 do Ceará, 3 da Paraíba, 1 do Piauí e 1 da Bahia, evidencia que o problema da peste nos focos brasileiros é bastante atual e merecedor de atenção. O maior número de cepas isoladas e de localidades afetadas, registradas no Estado de Pernambuco não significa maior incidência da peste no mesmo, mas é conseqüência da pesquisa mais intensa da Yersinia pestis e da existência de laboratórios melhor preparados para o seu diagnóstico neste Estado.