Lamivudina por tempo prolongado no tratamento da hepatite B crônica no estado de Mato Grosso Long-term use of lamivudine for treating chronic hepatitis B in the State of Mato Grosso

Para avaliar resultados do tratamento da hepatite B crônica com lamivudina, 100mg ou 150mg diários, foram acompanhados 34 pacientes em um serviço em Cuiabá, Mato Grosso. Entre os 34, 21 (62%), eram cirróticos e 24 (70%) HBeAg positivos. Genótipo viral foi determinado em 18, sendo predominante o genó...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Main Authors: Francisco José Dutra Souto, Ana Carolina da Silva Pirajá, Graciana Soares da Silva, Marcelle Bottecchia, Selma Andrade Gomes
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 2007
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.1590/S0037-86822007000100004
https://doaj.org/article/513dd572109d4c0fbfc76d1b2933a21d
Description
Summary:Para avaliar resultados do tratamento da hepatite B crônica com lamivudina, 100mg ou 150mg diários, foram acompanhados 34 pacientes em um serviço em Cuiabá, Mato Grosso. Entre os 34, 21 (62%), eram cirróticos e 24 (70%) HBeAg positivos. Genótipo viral foi determinado em 18, sendo predominante o genótipo A (12). O acompanhamento teve mediana de 27 meses (7 a 64). Do total, 23 (67%) apresentaram resposta bioquímica entre dois e 24 meses de tratamento. Dos 24 pacientes com positividade para o HBeAg, 13 (54%) apresentaram negativação do HBeAg durante o acompanhamento. Entre os anti-HBe positivos, 70% tiveram normalização das aminotransferases. Quatorze (41%) não apresentaram resposta bioquímica ou sorológica de início ou apresentaram breakthrough. Em seis dos que não responderam, foram encontradas as mutações L180M e M204V. Quatro pacientes faleceram após pelo menos 21 meses de lamivudina e três cirróticos desenvolveram hepatocarcinoma após 24 meses. A partir do terceiro ano surgiram complicações, como hepatocarcinoma ou hemorragia digestiva. Os presentes achados sugerem que resposta precoce ao tratamento com lamivudina pode estar associada a um melhor controle da hepatite B crônica. To assess the results from lamivudine treatment (100 mg or 150 mg) for chronic hepatitis B, 34 patients were followed at a clinic in Cuiabá, Mato Grosso, Central Brazil. Among them, 21 (62%) had liver cirrhosis and 24 (70%) were HBeAg-positive. The viral genotype was determined for 18 patients, among whom genotype A was the most prevalent (12). The median follow-up was 27 months (range from 7 to 64 months). Among the total, 23 (67%) presented a biochemical response after 2 to 24 months of treatment. Among the 24 HBeAg-positive subjects, 13 (54%) became HBeAg-negative during the follow-up. Among the anti-HBe-positive patients, 70% obtained normalization of aminotransferase levels. Fourteen (41%) did not present any initial biochemical or serological response or presented breakthrough. The L180M and M204V mutations were found in six of ...