Diferenças regionais na transição da mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil, 1980 a 2012

Objetivo. Estimar a tendência temporal da mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil no período de 1980 a 2012. Método. Realizamos um estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil. Os dados sobre óbitos foram provenientes do Sistema de Inf...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Raphael Mendonça Guimarães, Silvânia Suely Caribé de Araújo Andrade, Elaine Leandro Machado, Camila Alves Bahia, Max Moura de Oliveira, Fatima Valeria Lima Jacques
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2015
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/4f6a4fdfb9f44979945068532cc565c8
Description
Summary:Objetivo. Estimar a tendência temporal da mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil no período de 1980 a 2012. Método. Realizamos um estudo ecológico de série temporal das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil. Os dados sobre óbitos foram provenientes do Sistema de Informações de Mortalidade e divididos em dois grupos: óbitos por doenças isquêmicas do coração (DIC) e por doenças cerebrovasculares (DCBV). Resultados. No Brasil, houve variação de -34,73% dos coeficientes padronizados de mortalidade para as DIC; aumento de 117,98% no Nordeste e de 10,26% no Centro-Oeste; e redução no Sudeste (-53,08%), Sul (-44,56%) e Norte (-4,39%). As DCBV apresentaram uma variação de -48,05%. A maioria das regiões apresentou redução nas taxas de mortalidade: -61,99% no Sudeste, -55,49% no Sul, -26,91% no Centro-Oeste e -20,78% no Norte. Só o Nordeste apresentou aumento (13,77%). Conclusões. Observamos uma tendência geral de queda dos coeficientes de mortalidade por DIC e DCBV no Brasil de 1980 a 2012, com marcadas variações regionais, sendo que as regiões Sudeste e Sul apresentaram os maiores coeficientes para os dois grupos de doenças e as regiões Norte e Nordeste, os menores. É importante considerar, nos planos de vigilância, as desigualdades no perfil epidemiológico entre as regiões do país.