Transtornos mentais comuns e uso de psicofármacos em mulheres atendidas em unidades básicas de saúde em um centro urbano brasileiro

OBJETIVO: Investigar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em mulheres atendidas em unidades de atenção básica em um centro urbano brasileiro, assim como o impacto desses transtornos sobre a qualidade de vida (QV), a associação de fatores sociodemográficos a TMC e QV e a prevalência de u...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Tatiana Longo Borges, Kathleen Mary Hegadoren, Adriana Inocenti Miasso
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2015
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/4bb55ed07d9f4f33baace87ae98bffc6
Description
Summary:OBJETIVO: Investigar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) em mulheres atendidas em unidades de atenção básica em um centro urbano brasileiro, assim como o impacto desses transtornos sobre a qualidade de vida (QV), a associação de fatores sociodemográficos a TMC e QV e a prevalência de uso e padrão de utilização de psicofármacos na amostra estudada. MÉTODOS: Nesta pesquisa quantitativa, transversal e correlacional-descritiva, uma amostra estratificada de 365 mulheres foi entrevistada entre maio de 2012 e janeiro de 2013 em cinco unidades básicas de saúde brasileiras. Foram utilizados questionários sociodemográfico e farmacoterapêutico; questionário de autorrelato SRQ-20 para estimar a prevalência de transtornos mentais comuns; e escala de qualidade de vida WHOQOL-bref. Para avaliar o impacto dos TMD na QV, foram utilizados o teste t e modelos de regressão linear. Utilizou-se o teste do qui-quadrado para verificar associações entre TMC e variáveis sociodemográficas. A análise do consumo de psicofármacos foi descritiva. RESULTADOS: A prevalência de TMC foi de 44,1% e a de consumo de psicofármacos de 27,1%. Apenas 5,6% das participantes do estudo tinham registro de diagnóstico psiquiátrico no prontuário. Os psicofármacos eram usados por 41,6% das entrevistadas positivas para TMC e 15,7% das negativas para TMC. Não houve associação entre TMC e variáveis sociodemográficas. Houve associação estatisticamente significativa entre TMC e QV. As mulheres positivas para TMC apresentaram pior QV. Não houve influência de fatores sociodemográficos sobre esse resultado. CONCLUSÕES: Mais atenção é necessária ao padrão de uso e prescrição de psicofármacos na atenção básica. As pacientes com TMC apresentaram prejuízo funcional, evidenciado por escores de QV significativamente menores. A ausência de influência dos fatores sociodemográficos sobre os resultados parece corroborar a proposição de uma origem distinta para TMC em mulheres.