Sífilis em parturientes no Brasil: prevalência e fatores associados, 2010 a 2011

OBJETIVO:Estimar a prevalência e investigar os fatores associados à sífilis em parturientes no Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, nacional, com representatividade regional, realizado com parturientes de 15 a 49 anos de idade atendidas em maternidades do sistema público de saúd...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Alessandro Ricardo Caruso da Cunha, Edgar Merchan-Hamann
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/49b5f1f0daff496c8c6385c75e9bbc1b
Description
Summary:OBJETIVO:Estimar a prevalência e investigar os fatores associados à sífilis em parturientes no Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, nacional, com representatividade regional, realizado com parturientes de 15 a 49 anos de idade atendidas em maternidades do sistema público de saúde e conveniadas, de janeiro de 2010 a dezembro de 2011. Para investigação da sífilis, realizou-se triagem com teste rápido treponêmico. A confirmação diagnóstica baseou-se no ensaio não treponêmico Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) e em ensaios treponêmicos adicionais. Um questionário estruturado foi aplicado para coleta de variáveis sociodemográficas e clínicas. Informações acerca do pré-natal foram obtidas no cartão pré-natal e registros médicos. Os fatores associados foram verificados por meio da razão de prevalência, estimada pelo modelo de regressão logística. RESULTADOS: Foram analisadas informações de 36 713 parturientes. A prevalência geral da sífilis foi estimada no país em 0,89%; nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, foi de 1,05%, 1,14%, 0,73%, 0,48% e 1,20%, respectivamente. A soropositividade associou-se a não realização do pré-natal, menor número de consultas e início tardio do pré-natal. Das parturientes diagnosticadas durante o pré-natal, 53,1% permaneciam infectadas no parto. As parturientes de raça/cor amarela, preta e parda e as de menor escolaridade apresentaram maior risco para sífilis do que as de raça/cor branca e as de maior escolaridade. CONCLUSÕES: Houve redução da prevalência da sífilis no Brasil. Porém, esse agravo ainda está associado a desigualdades sociais e regionais.