Causa básica da morte por causas externas: validação dos dados oficiais em Recife, Pernambuco, Brasil

Objetivo. Validar a causa básica da morte nas declarações de óbito por causas externas de menores de 20 anos residentes em Recife (PE), Brasil, em 1995. Métodos. O estudo foi dividido em duas etapas: codificação e validação. Nas duas etapas, os dados oficiais sobre causas de morte foram comparados a...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Maria Dilma de A. Barros, Ricardo Ximenes, Maria Luiza C. de Lima
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2001
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49892001000200005
https://doaj.org/article/4802b20a037744aeb11e71d226db01b6
Description
Summary:Objetivo. Validar a causa básica da morte nas declarações de óbito por causas externas de menores de 20 anos residentes em Recife (PE), Brasil, em 1995. Métodos. O estudo foi dividido em duas etapas: codificação e validação. Nas duas etapas, os dados oficiais sobre causas de morte foram comparados aos dados obtidos na pesquisa. Para tanto, as declarações de óbito foram agrupadas em 5 categorias principais e subdivididas em 14 categorias secundarias de causa da morte; foram, também, comparadas individualmente até o quarto dígito da classificação suplementar para causas de morte da nona revisão da Classificação Internacional de Doenças. Analisou-se a concordância entre os dados oficiais e os dados do estudo através do índice kappa e da sensibilidade. A categorização da pesquisa foi tomada como padrão. Resultados. Na etapa de codificação, para o total das causas externas, o percentual global de concordância variou de 94% (cinco categorias) para 92% (14 categorias), caindo, por fim, para 81% (comparação até o quarto dígito). Na etapa de validação, o percentual global de concordância variou de 94% (cinco categorias) para 91% (14 categorias) e 73% (comparação até o quarto dígito). Conclusões. Os resultados revelam que, para obtenção de dados mais fidedignos, é necessário que as declarações de óbito sejam preenchidas pelo Instituto de Medicina Legal dentro de padrões recomendados; por outro lado, as guias de remoção de cadáveres precisam ser melhor preenchidas em hospitais e delegacias quando do encaminhamento ao Instituto. É fundamental gerar e divulgar dados mais precisos para que a sociedade conheça melhor o seu padrão de violência.