Recidivas em tuberculose e seus fatores de risco

A persistência de bacilos da tuberculose em pacientes curados, determinando a recidiva da doença, é uma questão importante. O presente estudo de caso-controle investigou os fatores de risco individuais e institucionais para recidiva mediante análise de variáveis independentes relacionadas ao pacient...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Helenice Bosco de Oliveira, Djalma de Carvalho Moreira Filho
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2000
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49892000000400004
https://doaj.org/article/3922d26244f94af2b401dc199780099e
Description
Summary:A persistência de bacilos da tuberculose em pacientes curados, determinando a recidiva da doença, é uma questão importante. O presente estudo de caso-controle investigou os fatores de risco individuais e institucionais para recidiva mediante análise de variáveis independentes relacionadas ao paciente, ao uso de drogas antituberculose e ao atendimento pelos serviços de saúde. Foram entrevistados 56 casos e 105 controles, sendo a recidiva definida como um novo episódio depois de o paciente ter sido tratado com sucesso no passado. Os controles foram selecionados entre pessoas tratadas e curadas por formas pulmonares de tuberculose e que não recidivaram. Modelos de análise de regressão foram propostos para controlar a ação dos fatores de confusão ou modificadores de efeito. As variáveis identificadas como fatores de risco para recidiva foram aquelas relacionadas a irregularidades do paciente (faltas à consulta médica deixando de coletar a medicação, não ingestão das drogas, doses equivocadas) idade e estresse gerado por eventos de vida; efeitos adversos do uso de drogas antituberculose; problemas na organização dos serviços de saúde que implicaram no fornecimento de dose ou quantidade insuficiente de medicamentos. Receber informação sobre a duração do tratamento foi um fator de proteção. O reconhecimento desses fatores de risco deveria resultar em um acompanhamento mais intensivo e em uma supervisão direta do tratamento para prevenir a reativação da doença.