Sobrevivência de pacientes com aids em uma cidade do sudeste brasileiro

Objetivo. Avaliar a sobrevida dos pacientes com diagnóstico de aids em Ribeirão Preto, Brasil, de 1986 a 1997. Métodos. Foram revisadas retrospectivamente as fichas epidemiológicas de 2 214 pacientes diagnosticados no período do estudo. Foram incluídos 1 231 participantes com acompanhamento de no mí...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Elisa Ortuzar Menesia, Afonso Dinis Costa Passos, Maria Elizabeth Monteiro, Amaury Lelis Dal-Fabbro, Milton Roberto Laprega
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/S1020-49892001000700005
https://doaj.org/article/36652c97c78441269d11b1863f01c770
Description
Summary:Objetivo. Avaliar a sobrevida dos pacientes com diagnóstico de aids em Ribeirão Preto, Brasil, de 1986 a 1997. Métodos. Foram revisadas retrospectivamente as fichas epidemiológicas de 2 214 pacientes diagnosticados no período do estudo. Foram incluídos 1 231 participantes com acompanhamento de no mínimo 30 dias após a data do diagnóstico. Informações sobre óbitos foram obtidas junto a hospitais e cartórios de registro civil de Ribeirão Preto. Resultados. A sobrevida para o grupo foi de 310 dias (10,3 meses). De 1986 até 1997, a mediana de sobrevivência passou de 362 dias (1986 a 1990) para 260 dias (1991 a 1995) e 864 dias (1996 e 1997). As curvas de Kaplan-Meier e o teste log rank evidenciaram diferenças significativas para as variáveis sexo, idade, época do diagnóstico, presença de candidíase e de neurotoxoplasmose. A regressão de Cox revelou associação entre redução da sobrevivência e as seguintes variáveis: idade (razão de risco = 1,435 para idade entre 15 e 34 anos e 1,681 para idade acima de 35 anos em relação a indivíduos abaixo de 15 anos); época do diagnóstico (razão de risco = 1,682 para o período de 1986 a 1990 e 2,324 para o período de 1991 a 1995 em relação ao período de 1996 a 1997); presença de candidíase (razão de risco = 1,391). A razão de risco para presença de neurotoxoplasmose foi 1,063, com valor de probabilidade próximo do limite de significância. Conclusões. Foi marcante o aumento na sobrevida verificado em 1996 e 1997, coincidindo com a disponibilização e utilização em larga escala das drogas anti-retrovirais.