Células de Circulação Meridional Durante os Eventos Extremos de Gelo Marinho Antártico

Resumo Como a borda do gelo marinho antártico está localizada em uma região muito sensível, sob a Frente Polar Antártica, existe um grande potencial da variabilidade do gelo marinho afetar a circulação atmosférica. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as possíveis relações entre os eventos...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Brasileira de Meteorologia
Main Authors: Camila Bertoletti Carpenedo, Tércio Ambrizzi
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Meteorologia
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.1590/0102-778631320150137
https://doaj.org/article/2e6a982ba3d045e1a91761a9dbb79f2a
Description
Summary:Resumo Como a borda do gelo marinho antártico está localizada em uma região muito sensível, sob a Frente Polar Antártica, existe um grande potencial da variabilidade do gelo marinho afetar a circulação atmosférica. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as possíveis relações entre os eventos extremos de gelo marinho antártico e as células de circulação meridional no Pacífico Sudeste, região onde há intensa variabilidade em várias escalas de tempo. Os resultados mostram que quando há eventos extremos de expansão de gelo marinho no setor do mar de Ross, existe um resfriamento da TSM, que resulta em uma atmosfera adjacente fria, aumentando os gradientes térmicos entre a borda do gelo marinho e a região de mar aberto. Os gradientes de pressão são fortalecidos, fortalecendo o cinturão circumpolar de baixas pressões e o jato polar. Assim, existe um fortalecimento do ramo ascendente da célula de Ferrel sobre o Oceano Austral, enquanto há enfraquecimento nas latitudes médias, por conservação de massa. Observamos o padrão oposto em eventos extremos de retração de gelo marinho no setor do mar de Ross e expansão no setor do mar de Weddell.