Histórico, efeitos e mecanismo de ação do êxtase (3-4 metilenodioximetanfetamina): revisão da literatura History, effects, and mechanisms of action of ecstasy (3,4-methylenedioxymethamphetamine): a literature review

A presente revisão enfoca a 3-4 metilenodioximetanfetamina, droga ilegal conhecida como "êxtase". O êxtase foi introduzido no Brasil em 1994. Embora faltem dados sobre a epidemiologia e sobre os padrões de uso do êxtase no Brasil, há indicações de que o consumo seja, até o momento, restrit...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Stella Pereira de Almeida, Maria Teresa Araujo Silva
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2000
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/2dcc9f5a351844608f012b66c5a43a51
Description
Summary:A presente revisão enfoca a 3-4 metilenodioximetanfetamina, droga ilegal conhecida como "êxtase". O êxtase foi introduzido no Brasil em 1994. Embora faltem dados sobre a epidemiologia e sobre os padrões de uso do êxtase no Brasil, há indicações de que o consumo seja, até o momento, restrito a jovens da classe alta ou média-alta e desconhecido para a maioria da população, inclusive para profissionais da saúde. Contudo, é possível que ocorra uma popularização dessa droga no Brasil, seguindo a tendência norte-americana e européia. A facilidade de consumo do êxtase -- em forma de pílulas -- pode ser um fator importante para sua popularização. O êxtase tem reputação de não apresentar perigo físico; contudo, há inúmeros relatos de reações adversas e mortes relacionadas à sua ingestão. Além disso, sabe-se que nem todos os comprimidos consumidos como êxtase necessariamente contém metilenodioximetanfetamina. Diante da ausência de controle farmacêutico, nenhum consumidor sabe exatamente o que está ingerindo. Assim, embora os efeitos do êxtase sejam percebidos como predominantemente positivos pelos usuários, a droga é potencialmente perigosa. Por essa razão, são necessárias intervenções de caráter primário e secundário para prevenir o uso de êxtase e a ocorrência de reações adversas. Para serem efetivas, tais ações devem levar em conta as características da população consumidora e seu padrão de consumo. Também é fundamental a capacitação de profissionais de saúde para intervenções médicas de emergência em casos de intoxicação e complicações resultantes do uso da droga. This review focuses on 3,4-methylenedioxymethamphetamine, an illegal drug known as "ecstasy." Ecstasy was introduced in Brazil in 1994. Data are lacking on the epidemiology and usage pattern of the drug in Brazil. However, there is evidence that until now the use of ecstasy has been limited to middle-class or upper-middle-class youth, so that most people, including health care professionals, are unfamiliar with the drug. However, ecstasy may be becoming more ...