Pelos olhos de uma criança: as ditaduras militares latino-americanas no cinema contemporâneo

Neste artigo, refletimos sobre como alguns cineastas tem retratado o passado recente das ditaduras militares em seus filmes. Abordaremos o tema a partir de um recorte bastante comum adotado por alguns filmes: a estratégia discursiva de montar filmes a partir do olhar de protagonistas crianças. Para...

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Bibliographic Details
Published in:Anos 90
Main Authors: Fernanda Luiza Teixeira Lima, Luiz Estevam de Oliveira Fernandes
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Spanish
Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2012
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.22456/1983-201X.29295
https://doaj.org/article/233ed46b2bee4e08be52b59bba26db4c
Description
Summary:Neste artigo, refletimos sobre como alguns cineastas tem retratado o passado recente das ditaduras militares em seus filmes. Abordaremos o tema a partir de um recorte bastante comum adotado por alguns filmes: a estratégia discursiva de montar filmes a partir do olhar de protagonistas crianças. Para isso analisaremos os filmes recentes: “Kamchatka” (Marcelo Piñeyro, Argentina, 2002), “Machuca” (Andrés Wood, Chile, 2004) e “O ano que meus pais saíram de férias” (Cao Hamburguer, Brasil, 2006). Verificaremos como, ao lidar com “passados doloridos”, com um objeto ainda quente, o olhar infantil enreda a narrativa em uma aura de inocência perdida e de fim de ilusões infantis por meio de uma experiência traumática. E o trauma pessoal passa a ser a metonímia (muitas vezes autobiográfica) daquilo que é visto como um trauma coletivo.