Estudo comparativo de três códigos para leitura de eletrocardiogramas na doença de Chagas crônica

OBJETIVO: Comparar três códigos de leitura de eletrocardiogramas (Buenos Aires, New York Heart Association e Minnesota adaptado) na doença de Chagas. MÉTODOS: De janeiro de 1976 a dezembro de 1978, a população maior de 2 anos do Município de Água Comprida, Estado de Minas Gerais, Brasil, zona endêmi...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Gonçalves José Geraldo Ferreira, Prata Aluízio
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2003
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/1fad49957ca6424e825d990659500e8d
Description
Summary:OBJETIVO: Comparar três códigos de leitura de eletrocardiogramas (Buenos Aires, New York Heart Association e Minnesota adaptado) na doença de Chagas. MÉTODOS: De janeiro de 1976 a dezembro de 1978, a população maior de 2 anos do Município de Água Comprida, Estado de Minas Gerais, Brasil, zona endêmica da doença de Chagas, foi submetida a anamnese, exame físico, eletrocardiograma convencional e sorologia para doença de Chagas. Dessa amostra, 100 pacientes soropositivos foram pareados com 100 controles negativos, segundo critérios de sexo e idade. Os eletrocardiogramas dos 200 pacientes foram lidos utilizando cada um dos três códigos. Os códigos foram comparados em termos de seu gradiente (diferença entre o número de alterações encontradas nos eletrocardiogramas de chagásicos e de não chagásicos). RESULTADOS: O gradiente foi de 7% para a nomenclatura da New York Heart Association, 15% para o código de Minnesota adaptado e 17% para o método de Buenos Aires. A capacidade de detecção de alterações eletrocardiográficas do método de Buenos Aires foi significativamente maior no grupo de chagásicos do que no grupo dos não chagásicos (P = 0,012). O método de Buenos Aires sobressaiu ainda pela sua mais fácil utilização, tanto no que se refere à análise dos eletrocardiogramas, como também às consultas ao banco de dados. CONCLUSÕES: Embora o método de Buenos Aires tenha apresentado vantagens em relação aos outros métodos, ainda são necessárias algumas alterações para tornar seu uso mais adequado. Seria de interesse a realização de outros estudos avaliando o uso do método com as alterações sugeridas no presente trabalho.