Estudo comparativo entre o método convencional e o método da peroxidase anti-peroxidase na pesquisa do parasitismo tissular na cardiopatia chagásica crônica

Na maioria dos chagásicos crônicos o Trypanosoma cruzi não é detectado no tecido ou apresenta se com extrema raridade, mesmo quando é pesquisado exaustivamente. Sendo os métodos utilizados, até então, inespecíficos para a demonstração do T. cruzi, propôs-se no presente trabalho proceder ao estudo co...

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Bibliographic Details
Published in:Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Main Authors: A. J. A. Barbosa, H. Gobbi, B. T. Lino, E. Lages-Silva, L. E. Ramirez, V. P. A. Teixeira, H. O. Almeida
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Universidade de São Paulo (USP) 1986
Subjects:
PAP
Online Access:https://doi.org/10.1590/S0036-46651986000200005
https://doaj.org/article/167a5caef22e4d429d977356ab9e61ad
Description
Summary:Na maioria dos chagásicos crônicos o Trypanosoma cruzi não é detectado no tecido ou apresenta se com extrema raridade, mesmo quando é pesquisado exaustivamente. Sendo os métodos utilizados, até então, inespecíficos para a demonstração do T. cruzi, propôs-se no presente trabalho proceder ao estudo comparativo entre o método convencional (HE) e o método imunocitoquímico pela peroxidase anti-peroxidase (PAP), na avaliação quantitativa do parasitismo. Selecionaram-se 3 casos de cardiopatia chagásica crônica e, de um mesmo fragmento de cada caso, obtiveram se cortes que foram corados pelo H.E. (média de 100 cortes por caso) e, consecutivamente, outros que foram corados pelo PAP (média de 70 cortes por caso). O caso n.° 1 foi autopsiado em 1952 e apresentava parasitismo freqüente. Nos demais, o exame rotineiro foi negativo. Obtiveram-se os seguintes resultados expressos em n.° de ninhos/100 cortes, respectivamente, corados pelo H.E. e pelo P.A.P. (HE/PAP). Caso n.° 1 - 80/171; caso n.° 2 = 5/116 e caso n.° 3 = 1/2. Os resultados mostram que o método imunocitoquímico empregado, além de facilitar o diagnóstico do parasitismo, demonstra também pequenos ninhos de amastigotas que dificilmente seriam diagnosticados pelos métodos convencionais; além disso mostrou-se útil mesmo em tecido incluídos em parafina há longo tempo.