Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: revisão integrativa

OBJETIVO: Revisar a literatura acerca da aplicação do conceito de acolhimento e elucidar as contribuições desse conceito para as práticas na atenção primária à saúde. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão integrativa que investigou a produção do conhecimento sobre atenção primária à saúde. Foram pesqui...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Miriane Garuzi, Maria Cecília de Oliveira Achitti, Cintia Ayame Sato, Suelen Alves Rocha, Regina Stella Spagnuolo
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2014
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/125372a824bf4a69979a9913b94a119d
Description
Summary:OBJETIVO: Revisar a literatura acerca da aplicação do conceito de acolhimento e elucidar as contribuições desse conceito para as práticas na atenção primária à saúde. MÉTODOS: Foi realizada uma revisão integrativa que investigou a produção do conhecimento sobre atenção primária à saúde. Foram pesquisadas as seguintes bases de dados: LILACS, SciELO e MEDLINE, no período de 2006 a 2010. Os termos de busca utilizados na LILACS E SciELO foram: "acolhimento" AND "programa saúde da família" AND "saúde". Na MEDLINE foram usados os termos "user embracement" AND "family health program" AND " health". A coleta de dados se deu no mês de novembro de 2010. RESULTADOS: Foram identificados 21 artigos que preencheram os critérios de inclusão, todos descrevendo estudos brasileiros. Os artigos foram sistematizados em três categorias empíricas: vínculo e acolhimento; processo de trabalho em atenção primária à saúde; e avaliação dos serviços. As categorias são complementares e convergem para duas visões principais de acolhimento: dispositivo capaz de reorganizar a atenção à saúde e postura perante o usuário. Percebe-se ainda o acolhimento como ferramenta de gestão em defesa do Sistema Único de Saúde, associado aos princípios da integralidade e universalidade. CONCLUSÕES: O acolhimento é capaz de promover o vínculo entre profissionais e usuários, possibilitando o estímulo ao autocuidado, melhor compreensão da doença e corresponsabilização pelo tratamento. Auxilia na universalização do acesso, fortalece o trabalho multiprofissional e intersetorial, qualifica a assistência, humaniza as práticas e estimula ações de combate ao preconceito. Entretanto, mereceria maior atenção a perspectiva do usuário sobre a utilização do acolhimento, um tópico a ser enfocado por estudos futuros.