Controle da malária no Brasil: 1965 a 2001

O objetivo deste trabalho foi revisar as iniciativas para controle da malária no Brasil, desde a Campanha de Erradicação da Malária, de 1965, baseada na ação do diclorodifeniltricloroetano e no uso de drogas antimaláricas, até o lançamento, em 2000, do Plano de Intensificação das Ações de Controle d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Loiola Carlos Catão Prates, Silva C. J. Mangabeira da, Tauil Pedro Luiz
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2002
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/0eb5ad11b07b489f919588114397a916
Description
Summary:O objetivo deste trabalho foi revisar as iniciativas para controle da malária no Brasil, desde a Campanha de Erradicação da Malária, de 1965, baseada na ação do diclorodifeniltricloroetano e no uso de drogas antimaláricas, até o lançamento, em 2000, do Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária na Amazônia Legal, em resposta à convocação da Organização Mundial da Saúde para fazer recuar a malária (Roll Back Malaria). São discutidas iniciativas como a estratificação epidemiológica, Operação Impacto, Projeto de Controle da Malária na Bacia Amazônica e Programa de Controle Integrado da Malária. Embora tenha havido avanços antes do Plano de Intensificação, não houve sustentabilidade das ações. Entre 1998 e 1999, houve inclusive um aumento de 34% no número de casos de malária nos estados amazônicos. O Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária na Amazônia Legal estabeleceu a meta de reduzir em 50% o número de casos de malária até o final de 2001 e em 50% a mortalidade por malária até o final de 2002, em comparação com o ano de 1999. Os dados de 2001 revelam uma redução de 39% no número de casos de malária em todos os estados amazônicos. A menor redução ocorreu no Amapá (15%), onde o Plano só foi implantado no 2° semestre de 2001. Em relação à incidência por espécies, a redução global de casos por P. falciparum foi de 35%, e por P. vivax, de 41%. Para explicar tal redução, a única variável independente reconhecida foi a implantação do Plano de Intensificação. Embora ainda precoces, os resultados sugerem um considerável ganho, onde uma forte mobilização política dos três níveis de governo -- federal, estadual e municipal --foi decisiva.