Cura espontânea da leishmaniose causada por Leishmania Viannia Braziliensis em lesões cutâneas

Os autores relatam que durante 14 anos de trabalho clínico em campo, realizado nas comunidades de Três Braços e Corte de Pedra, Bahia, acompanharam 1.416 pacientes portadores de Leishmaniose Tegumentar Americana, cuja espécie envolvida na transmissão, é predominantemente a Leishmania Viannia brasili...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Jackson Maurício Lopes Costa, Kyola Costa Vale, Flávio França, Ana Cristina R. Saldanha, Joilda Oliveira da Silva, Ednaldo L. Lago, Philip D. Marsden, Albino V. Magalhães, Conceição de Maria P. e Silva, Artur Serra Neto, Clóvis Eduardo S. Galvão
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1990
Subjects:
Online Access:https://doaj.org/article/04f2d6591c324d4297df4fd4bd063868
Description
Summary:Os autores relatam que durante 14 anos de trabalho clínico em campo, realizado nas comunidades de Três Braços e Corte de Pedra, Bahia, acompanharam 1.416 pacientes portadores de Leishmaniose Tegumentar Americana, cuja espécie envolvida na transmissão, é predominantemente a Leishmania Viannia brasilienses. A terapêutica utilizada rotineiramente nos casos é o antimoniato-N-metilglucamina (Glucantime). Contudo, 16 pacientes do sexo masculino recusaram-se a utilizar a medicação e 6 do sexo feminino encontravam-se em período gestacional, portanto não utilizaram o medicamento. Estes pacientes foram acompanhados por um período entre 4 a 12 anos, a partir do diagnóstico. Observou-se que em 9 pacientes (40,9%) desta casuística, o tempo de cicatrizaçâo após o aparecimento da lesão, pode ser calculado em 6 meses de evolução. Quando se eleva a observação para 12 meses, temos que 19 pacientes (86,3%) cicatrizaram suas lesões neste período. Em 3 casos (13,6%) as lesões permaneceram ativas por mais de 12 meses. Conclui-se que os determinantes da cicatrizaçâo natural das lesões produzidas por Leishmania Viannia Braziliensis permanecem desconhecidos, dificultando para nós entendermos e compararmos aos efeitos das drogas utilizadas no tratamento da leishmaniose tegumentar. In field clinics in the comunities of Três Braços and Corte de Pedra, Bahia, we have attended 1.416 patients with tegumentary leishmaniasis in fourteen years, the predomi nant species in transmission is Leishmania Viannia brasiliensis (LVB). Because of the danger of metastasis with this infection treatment was routinely recomended with Glucantime. However sixteen patients refused injection therapy and six women were pregnant when seen and not treated. All patients were followed up in our clinic. All these patients closed their skin ulcers although one subsequently relapsed. Patients were followed up for variable periods (four to twelve years), after the diagnosis. In nine patients (40,9%) of the cohort, the time to healing after initiation of the lesion was ...