Identificação de anticorpos contra a dirofilária em cães residentes do Distrito Federal

A dirofilariose é uma doença zoonótica causada por nematóides do gênero Dirofilaria, cuja adaptabilidade tornou o parasita objeto de endemias no Brasil, principalmente por conta das condições abaixo do ideal de saneamento básico, desmatamento e crescimento importante da população de cães e gatos. A...

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Bibliographic Details
Main Authors: Soares da Silva, Isabella, de Carvalho Santos, Luana, Edel Donato, Lucas
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: UniCEUB 2023
Subjects:
Online Access:https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/pic/article/view/8967
https://doi.org/10.5102/pic.n0.2021.8967
Description
Summary:A dirofilariose é uma doença zoonótica causada por nematóides do gênero Dirofilaria, cuja adaptabilidade tornou o parasita objeto de endemias no Brasil, principalmente por conta das condições abaixo do ideal de saneamento básico, desmatamento e crescimento importante da população de cães e gatos. A doença é considerada negligenciada e afere-se que a exposição humana seja mais recorrente do que é de conhecimento entre a comunidade científica. O presente estudo objetiva detectar a presença de anticorpos contra a dirofilária em cães residentes do Distrito Federal e relacioná-la com a ocorrência do mosquito Aedes aegypti. Foram utilizadas 60 amostras de cães atendidos pela Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (DIVAL) no Distrito Federal e entorno, coletadas nos meses de agosto e novembro do ano de 2019. Buscou-se associar as características clínicas dos animais com as condições de tropismo que o Aedes aegypti apresenta para realização do repasto sanguíneo e transmissão do parasito. Para obtenção dos resultados foram utilizados soros que avaliam por meio do ensaio imunocromatográfico a detecção qualitativa in vitro do anticorpo contra Dirofilaria immitis. Cerca de 17,65% dos animais residentes em áreas de risco para Aedes aegypti testaram positivo para a presença do anticorpo contra dirofilária, enquanto 19,23% testaram positivo em áreas em que o risco não era considerado relevante. Além disso, foi estudada uma relação entre os resultados positivos e as características clínicas – para sexo, tipo de pelagem, idade, raça, região administrativa em que é residente e tipo de lugar em que o cão é mantido – dos animais dos quais as amostras foram coletadas. Com base nessa avaliação, a literatura corroborou com a maior parte das informações, diferindo apenas quanto aos resultados relacionados ao sexo, tipo de pelagem e o local em que o animal passa a maior parte do dia, uma vez que houve maior incidência em animais do sexo feminino, de animais com faixa etária entre 1 e 3 anos, de animais considerados de pelagem de ...