Cultivo experimental de ostras Crassostrea gigas na comunidade tradicional de Lajinha, sistema estuarino do rio Piraque-Mirim, distrito de Santa Cruz, Aracruz, ES / Experimental Crassostrea gigas oyster culture in the traditional community of Lajinha, estuarine system of Piraque-Mirim river, district of Santa Cruz, Aracruz, ES

Comunidades ribeirinhas da costa brasileira utilizam os recursos pesqueiros de ostras e mexilhões desde épocas remotas, um hábito adquirido com os indígenas que construíram os conhecidos sambaquis existentes por toda a costa brasileira. O cultivo de ostras no Brasil tem se desenvolvido basicamente c...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Brazilian Journal of Animal and Environmental Research
Main Authors: Boos, Miguel Alfredo, Barroso, Marcia Vanacor
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora Ltda. 2020
Subjects:
Online Access:https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJAER/article/view/17771
https://doi.org/10.34188/bjaerv3n4-013
Description
Summary:Comunidades ribeirinhas da costa brasileira utilizam os recursos pesqueiros de ostras e mexilhões desde épocas remotas, um hábito adquirido com os indígenas que construíram os conhecidos sambaquis existentes por toda a costa brasileira. O cultivo de ostras no Brasil tem se desenvolvido basicamente com três espécies do Gênero Crassostrea: a ostra do manguezal, C. gasar (sinonímia de C. brasiliana), a ostra nativa C. rhizophorae e a ostra do Pacífico, C. gigas, sendo a ostra do Pacífico a principal espécie cultivada em torno do mundo. No Espírito Santo, cultivos de ostras foram implementados na década de 1980 com bons resultados zootécnicos, no entanto a conversão de pescadores extrativistas em produtores, com a necessidade do trabalho associativo, supostamente foram pontos de desagregação que geraram sua interrupção. O objetivo deste trabalho foi avaliar a adaptabilidade da ostra C. gigas com foco nos parâmetros de temperatura e salinidade. O presente estudo foi realizado na Comunidade de Lajinha, localizada as margens do Rio Piraquê-mirim, distrito de Santa Cruz, Aracruz, ES, Brasil, em um sistema long-line que utilizou um cabo de 18 mm contendo 100 m de extensão, fundeado por duas poitas. Foram povoadas 30.000 sementes provenientes de laboratório, com altura de concha de 1-2 cm alocadas em lanternas de cultivo com três diferentes malhas e densidades populacionais: 1 mm e 600-650; 5 mm e 250; 15 mm e 50-100. A seleção das ostras por tamanhos foi realizada de 20-25 dias e foram realizadas biometrias ao acaso com N entre 30 e 150 ostras. Observou-se que com 75 dias as ostras atingiram o tamanho comercial e ao final de 12 meses o rendimento de carne foi de 15%, o que foi considerado um bom resultado zootécnico. Os dados obtidos foram considerados satisfatórios para uma região de clima tropical, pois houve crescimento compatível com o de regiões mais frias e adaptabilidade as demais condições ambientais da área de estudo.