Do oceano dos clássicos aos mares dos impérios: transformações cartográficas do Atlântico sul

O artigo explora as diferentes designações toponímicas que o espaço geográfico situado no Atlântico sul recebeu na cartografia européia dos séculos XVI e XVII. Nela, a representação do espaço continental era mais comum do que o registro dos espaços marítimos, frequentemente denominados por designaçõ...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
Main Authors: Lois, Carla, Garcia, João Carlos
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo. Museu Paulista 2009
Subjects:
Online Access:https://revistas.usp.br/anaismp/article/view/5512
https://doi.org/10.1590/S0101-47142009000200003
Description
Summary:O artigo explora as diferentes designações toponímicas que o espaço geográfico situado no Atlântico sul recebeu na cartografia européia dos séculos XVI e XVII. Nela, a representação do espaço continental era mais comum do que o registro dos espaços marítimos, frequentemente denominados por designações particulares - mares regionais -, atribuídas segundo a linha da costa. Uma série de conexões podem ser estabelecidas com o processo de consolidação do tráfico negreiro e a concorrência interimperial. This article explores the various place-names given to the geographic localities in the South Atlantic by European cartographers in the 16th and 17th centuries. Despite of the fact that representation of continental space seem to have been more common in mapmaking at the time than the depiction of oceans and seas, oceanic waters often received particular names - regional seas - depending on the coastline in combination to the classical names. A series of connections can be established between this fact and the process of consolidation of slave trading and competition between empires.