Teatro de Sami Feder: espaço poético de resistência nos tempos do holocausto (1933-1950)

Esta tese reconstitui a trajetória de Sami Feder (1906-2000), diretor de teatro judeu polonês que atuou no contexto do movimento de resistência artística e emocional sustentado por artistas, atores, diretores, autores e espectadores durante o período em que o nazifascismo dominou grande parte da Eur...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marko, Leslie Evelyn Ruth
Other Authors: Carneiro, Maria Luiza Tucci
Format: Doctoral or Postdoctoral Thesis
Language:Portuguese
Published: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP 2016
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8158/tde-19082016-143655/
https://doi.org/10.11606/T.8.2016.tde-19082016-143655
id ftunivsaopaulo:oai:teses.usp.br:tde-19082016-143655
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institution Open Polar
collection University of São Paulo: Digital Library of Theses and Dissertations
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language Portuguese
topic Nazismo
Holocausto
Testemunho
Kazet Theater
Memória
Sami Feder
Resistência
Resistance
Holocaust
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Marko, Leslie Evelyn Ruth
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description Esta tese reconstitui a trajetória de Sami Feder (1906-2000), diretor de teatro judeu polonês que atuou no contexto do movimento de resistência artística e emocional sustentado por artistas, atores, diretores, autores e espectadores durante o período em que o nazifascismo dominou grande parte da Europa (1933-45). Estendemos a análise para o período imediatamente após a liberação dos campos de concentração, especialmente o de Bergen-Belsen, por ser o Campo onde Feder permaneceu dias antes e 5 anos no final da Segunda Guerra. A relevância deste estudo está em resgatar e analisar historiograficamente o percurso e a atuação de Feder, que, por meio da arte teatral, aliada à música, literatura e poesia, buscou o exercício ético do acolhimento coletivo e da cidadania. O artista desenvolveu um teatro, pouco documentado devido às circunstâncias de reclusão e proibição e, ao mesmo tempo, de denúncia, crítica e reflexão subterrâneas durante a vigência do regime nazista. Mais tarde, com o fim da guerra, institucionalizou-se este teatro, com maior registro, criando-se a Companhia Kazet Theater, no Campo de deslocados DP Camp Bergen-Belsen (1945-50), onde a reabilitação e recuperação da dignidade humana tornou-se uma urgência frente ao desenraizamento e ao trauma. Ações intervencionistas como estas se propagaram pelas cidades ocupadas, guetos e campos de concentração, enquanto reação ao processo de desumanização sustentado pelo Estado nacional-socialista e países colaboracionistas. Posteriormente, significaram também uma forma de participar da reconstrução de uma identidade, de um povo, de uma cultura. This thesis restores the path followed by Sami Feder (1906-2000), the Polish Jewish theater director, who worked during the resistance art and emotional movement supported by artists, actors, directors, authors and audiences during the period in which Nazi fascism dominated most of Europe (1933-45). We extend to the time immediately after the concentration camp liberation, stressing on the Bergen-Belsen camp, where Feder stayed some days during World War II and up to five years after its end. The relevance of this study is to retrieve and perform a historiographic analysis of Feders path and performance, that by theatrical art together with music, literature and poetry searched the ethical work of collective refuge and citizenship. The artist developed a poorly documented theater, due to reclusion and prohibition, not to mention underground complaint, criticism and reflection during the Nazi regime. Later, following the end of the World War, this theater was established, therefore better documented, and the Kazet Theater Company was founded in the Bergen-Belsen Displaced Persons Camp (1945-50), where rehabilitation and recuperation of human dignity became a matter of urgency, owing to the rootlessness and trauma. Interventionist actions like that were disseminated in occupied cities, ghettos and concentration camps as a reaction to the dehumanization sustained by the national socialist state as well as collaborationist countries, and afterwards, as a way to participate in the reconstruction of an identity, people and culture.
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