Ecomorfologia do aparato branquial faríngeo do peixe antártico notothenia neglecta Nybelin (1951) em relação ao hábito alimentar

Orientador: Dr. Edith Susana E. Fanta Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Curso de Pós-Graduação em Morfologia Inclui referências: p. 111-127 Área de concentração: Biologia Celular Resumo: A extrema variação no regime de luz existente na Antártida é...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rios, Flavia Sant'Anna, 1972-
Other Authors: Fanta, Edith S. E (Edith Susana Elisabeth), 1944-, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular
Format: Thesis
Language:Portuguese
Published: 1997
Subjects:
Online Access:https://hdl.handle.net/1884/78580
Description
Summary:Orientador: Dr. Edith Susana E. Fanta Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Curso de Pós-Graduação em Morfologia Inclui referências: p. 111-127 Área de concentração: Biologia Celular Resumo: A extrema variação no regime de luz existente na Antártida é responsável pela variação sazonal na disponibilidade de alimento. Para sobreviver nestas condições os peixes devem possuir mecanismos morfológicos e comportamentais capazes de lhes propiciar alternativas alimentares. O aparato branquial faríngeo é uma estrutura com grande variedade morfológica, possibilitando aos peixes ocupar diferentes nichos alimentares. Suas estruturas geralmente são altamente adaptadas, permitindo a filtração de pequenos organismos ou a apreensão de grandes presas. Dependendo do grau de especialização morfológica, a dieta do peixe pode ser extremamente especializada ou generalista. Notothenia neglecía é um peixe endêmico das regiões Antártica e Subantártica. E um carnívoro com um grande espectro dietético. A morfologia do aparato branquial faríngeo, o comportamento alimentar e o tamanho das presas encontradas no conteúdo estomacal desta espécie caracterizaram-no como um peixe piscívoro, que entretanto é também capaz de consumir pequenas presas. Rastros branquiais com dentículos viliformes afilados permitem a retenção da maioria das presas ágeis e escorregadias, como peixes. Rastros modificados, sem dentículos e flexíveis na fileira mais anterior, permitem a passagem de água da boca para a cavidade opercular durante a lenta ingestão de presas grandes, permitindo que o peixe continue respirando. No entanto, o espaçamento entre os rastros branquiais possibilita a retenção de organismos pequenos, como anfípodas, bivalves e gastrópodos, desde que sua menor medida seja maior que 0,17% do comprimento padrão do predador. Possui grande quantidade de células caliciformes. O muco produzido por estas células recobre as presas, protegendo a mucosa contra o atrito, agregando pequenos alimentos e ...