Summary: | Orientador: Dr. César de Castro Martins Coorientadores: Dr. rer. nat. Gesine Mollenhauer e Dra. Márcia Caruso Bícego Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Sistemas Costeiros e Oceânicos. Defesa: Pontal do Paraná, 29/05/2019 Inclui referências Resumo: O Oceano Atlântico Sul apresenta um papel fundamental no transporte de calor entre as diversas bacias oceânicas, assim como na transformação de massas d'água. Por esta razão, entender as oscilações climáticas naturais ocorridas nele permite compreender melhor as mudanças climáticas recentes. Além disso, compreender como essas oscilações climáticas afetaram a produção da matéria orgânica provê uma base para prever como a teia trófica marinha poderá reagir às mudanças recentes. Para estudar as mudanças ambientais ocorridas na região central do Embaiamento Sul do Brasil, foi coletado um testemunho sedimentar no talude (24,8°S; 44,3°W) a aproximadamente 840 m de profundidade. Com base em diversos marcadores geoquímicos (n-alcanos, alquenonas, glicerol dialquil-glicerol tetraéteres, diols, esteróis e n-alcanóis), foi possível estimar as variações das temperaturas da superfície e da subsuperfície do mar (capítulo 2), assim como entender a evolução da produção de matéria orgânica autóctone e do aporte de matéria orgânica alóctone nesta região (capítulo 3). A temperatura do mar apresentou duas escalas de oscilação. Na escala orbital, as variações de temperatura estão associadas à variação climática da Antártica, especialmente relacionadas à radiação solar incidente. Já na escala milenar, a temperatura de superfície do mar variou em função da formação da Água Profunda do Atlântico Norte. Assim, em períodos de maior formação de águas profundas no Hemisfério Norte, o calor do Atlântico Sul é transportado através das correntes superficiais para o Hemisfério Norte, causando um relativo resfriamento no oeste do Atlântico Sul. Em relação à produção e ao aporte de matéria orgânica, a principal ...
|