Efeitos fisiológicos em nototenídeos antárticos submetidos ao estresse térmico de curto e longo prazo

Orientadora: Profa. Dra. Lucélia Donatti Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Defesa : Curitiba, 02/03/2018 Inclui referências Resumo: Peixes antárticos são altamente estenotérmicos apresentando ad...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Kandalski, Priscila Krebsbach
Other Authors: Donatti, Lucélia, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular
Format: Thesis
Language:Portuguese
Published: 2018
Subjects:
Online Access:https://hdl.handle.net/1884/55677
Description
Summary:Orientadora: Profa. Dra. Lucélia Donatti Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Defesa : Curitiba, 02/03/2018 Inclui referências Resumo: Peixes antárticos são altamente estenotérmicos apresentando adaptações fisiológicas que permitem a sobrevivência nas águas frias e estáveis (-1,8 a +3ºC) do oceano Antártico. A temperatura é um fator abiótico que afeta os organismos ectotérmicos devido a sua influência nas reações enzimáticas e na estabilidade das macromoléculas. Por isso, ao considerar as tendências de aquecimento na região da Península Antártica questionamentos são levantados a respeito da flexibilidade e dos mecanismos fisiológicos desencadeados para a restauração da homeostase em organismos antárticos submetidos ao estresse térmico. Dessa forma, esta tese teve como objetivo verificar os efeitos fisiológicos do estresse térmico (8ºC), de longo (90 dias) e curto (2 a 144 horas) prazo, em nototenídeos antárticos presentes na Baía do Almirantado, Ilha Rei George, Península Antártica. Ao analisar os efeitos do estresse térmico de longo prazo em N. rossii, constata-se que, apesar de não haver a alteração do fator de condição, há indícios de aumento da demanda energética na temperatura de 8ºC. Entre as alterações, observou-se a hiperglicemia, a redução do índice hepatossomático, a mobilização do estoque lipídico nos tecidos hepático e muscular, o aumento da atividade da citrato sintase no fígado, o aumento do potencial gliconeogênico no fígado, rim, brânquia, coração e músculo, bem como aumento do potencial anaeróbico em todos os tecidos (excetuando-se as brânquias). A não modulação ou ainda a redução dos níveis de atividade da superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT) e glutationa-S-tranferase (GST) indicam que os níveis presentes são suficientes para condição de 8ºC e 90 dias. Nos experimentos de curto prazo, observou-se que no tecido renal de N. rossii, os níveis de atividade das enzimas glicolíticas e da ...