"Ciberstalking" : prevalência na população universitária da Universidade do Minho

Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Justiça) A evolução tecnológica fomentou o contacto entre pessoas e consequentemente, a intrusão. Como tal, tem-se notado o crescimento de um fenómeno análogo ao stalking: o ciberstalking que se caracteriza pela...

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Bibliographic Details
Main Author: Carvalho, Célia Sofia de Sousa
Other Authors: Matos, Marlene
Format: Master Thesis
Language:Portuguese
Published: 2011
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/1822/18638
Description
Summary:Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Justiça) A evolução tecnológica fomentou o contacto entre pessoas e consequentemente, a intrusão. Como tal, tem-se notado o crescimento de um fenómeno análogo ao stalking: o ciberstalking que se caracteriza pela tentativa persistente de uma pessoa em assediar outra recorrendo ao uso da internet, do computador pessoal, telemóveis e outros dispositivos com ligação à internet. Para além de não existirem dados exatos sobre a prevalência do ciberstalking a nível internacional, em Portugal estes são totalmente desconhecidos. Esta investigação teve como objetivo analisar até que ponto a amostra universitária inquirida foi alvo de comportamentos de assédio através de meios eletrónicos em algum momento da sua vida, e quais os métodos (e.g. enviar mensagens excessivamente afetuosas, monitorizar a atividade online) mais frequentemente utilizados nessa dinâmica. A amostra é constituída por 111 estudantes da Universidade do Minho, a frequentar o 1º e 3º anos de diferentes cursos universitários (e.g. Psicologia e Biologia Aplicada). Para este efeito foi feita a adaptação para a população portuguesa de um instrumento de Spitzberg e Hoobler (2002) intitulado Cyber Obsessional Pursuit, sendo que a versão portuguesa se intitula de Escala de Avaliação de Ciberstalking. Esta é constituída na versão final por 22 itens que avaliam a ocorrência de experiências de ciberstalking. Juntamente administrou-se um breve questionário sócio-demográfico, que permitiu caracterizar a amostra e conhecer os seus hábitos de uso e exposição relativamente aos meios eletrónicos. Quanto aos resultados, 74.8% admitiu já ter sido alvo de pelo menos uma das formas de vitimação por ciberstalking apresentadas e, ainda, alguns participantes foram alvo de mais do que um destes atos, por vezes de forma reiterada. As ocorrências mais frequentes envolvem o assédio através de meios telefónicos e através das redes sociais. As ocorrências menos frequentes implicam a ...