Bioecozonas e paleoceanografia superficial do Atlântico sudoeste entre os estágios isotópicos marinhos 5 e 3 com base em foraminíferos planctônicos

O presente estudo visa compreender os principais padrões de variação das propriedades paleoceanográficas superficiais do Atlântico Sudoeste e verificar a aplicabilidade de bioecozonas de foraminíferos planctônicos, estabelecidas para as bacias do sudeste da Margem Continental Brasileira, na Bacia de...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Freire, Tiago Menezes
Other Authors: Coimbra, João Carlos, Pivel, Maria Alejandra Gómez
Format: Thesis
Language:Portuguese
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/266189
Description
Summary:O presente estudo visa compreender os principais padrões de variação das propriedades paleoceanográficas superficiais do Atlântico Sudoeste e verificar a aplicabilidade de bioecozonas de foraminíferos planctônicos, estabelecidas para as bacias do sudeste da Margem Continental Brasileira, na Bacia de Pelotas (30°S), durante a última transição interglacial–glacial (Pleistoceno Tardio). Para estimar variações na temperatura superficial do mar, produtividade biológica e estratificação oceânica superficial, bem como reconhecer as bioecozonas, foram realizadas análises de isótopos estáveis de oxigênio e das associações fósseis de foraminíferos planctônicos do testemunho de sedimento SIS-249, recuperado do talude continental da Bacia de Pelotas. Análises estatísticas das associações de foraminíferos planctônicos indicaram mudanças aproximadamente síncronas com os Estágios Isotópicos Marinhos (EIM), variando de condições quentes e oligotróficas (EIM 5) para eutróficas (EIM 4) e frias (EIM 3). Tendências de redução da temperatura superficial do mar, diminuição da estratificação oceânica superficial e aumento de produtividade podem estar relacionadas à intensificação de eventos de ressurgência costeira e à influência de aportes continentais na região durante um intervalo de nível do mar baixo, na última transição interglacial–glacial. As variações de abundância relativa do complexo G. menardii e da espécie Pulleniatina obliquiloculata permitiram o reconhecimento das zonas X e Y2 entre 110 e 30 ka, e do limite X/Y2 em 83 ka. A ausência do último biohorizonte de desaparecimento de Pulleniatina obliquiloculata pode indicar que o limite entre as zonas Y2 e Y1 seja mais recente em relação às menores latitudes do sudeste da Margem Continental Brasileira. The present study aims to understand the main variation trends in the surface paleoceanographic properties of the Southwestern Atlantic, and to verify the applicability of planktonic Foraminifera bioecozones, established for the southeastern Brazilian Continental Margin ...