Estudo da toxicidade da alga Prasiola crispa em embriões de Zebrafish

• Main Authors: Lopes, Andressa, Guilherme da Costa Silva, Dennis, Paganotto Leandro, Luana, Emanueli Schimith, Lucia, Kich Gomes, Karen, Franco, Jeferson
• Format: Article in Journal/Newspaper
• Language: unknown
• Published: Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão 2020
• Subjects: Toxicidade; Embriotoxicidade; Produto; natural; Inseticida; Alta; Antártica
• Online Access: https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/91197

Inúmeras plantas desempenham propriedades inseticidas, podendo até substituir produtos sintéticos de controle. Atualmente aproximadamente 2.000 com essas propriedades são conhecidas. Além disso, comparados a produtos sintéticos, inseticidas naturais são ambientalmente menos prejudiciais à saúde e meio ambiente. A alga verde terrestre Prasiola crispa, é uma espécie encontrada no mundo todo incluindo a Antártica. Em estudo recente de nosso grupo, frações do extrato desta alga apresentaram alta toxicidade em insetos (Drosophila melanogaster e Nauphoeta cinérea), apontando para seu potencial efeito inseticida. Visto que, inseticidas e repelentes de origem botânica tendem a apresentar menor toxicidade quando comparados aos sintéticos, nosso objetivo com neste trabalho foi analisar a toxicidade de uma fração do extrato de Prasiola crispa (PCE) no modelo de embriões de Danio rerio (Zebrafish) a fim de avaliar sua toxicidade e segurança. O zebrafish é um peixe teleósteo de água doce que vem sendo largamente utilizado em estudos comportamentais, genéticos e toxicológicos devido a sua semelhança genética com os mamíferos, por apresentarem alta taxa de reprodução, tamanho pequeno, baixo custo e desenvolvimento rápido e externo. No presente estudo foram utilizados embriões de zebrafish com 3-4 horas pós-fertilização (hpf), expostas a diferentes concentrações de PCE (Controle; 50, 100 e 250 µg/mL). Foram utilizados 96 embriões por concentração testada. O grupo controle recebeu apenas veículo (DMSO 1%). Durante 96 horas foi observada a mortalidade e ao final deste período foram feitas análises de mortalidade e morfologia dos embriões. A exposição ao extrato nas concentrações de 100 e 250 µg/mL causou mortalidade de 100% dos embriões expostos em menos de 24 horas, enquanto que na concentração de 50 µg/mL a mortalidade foi de 40%, no entanto, 100% dos embriões apresentaram edema no pericárdio e retardo no desenvolvimento, em 96 horas. Nosso estudo indica que, apesar de o extrato de Prasiola crispa ter apresentado um importante ...