DISTRIBUIÇÃO ALTITUDINAL DO GRUPO Callicebus personatus (PRIMATES: PITHECIIDAE)

Primatas congêneres apresentam elevado potencial competitivo e geralmente não são simpátricos, embora sua ocorrência possa ser sobreposta nas bordas de distribuição. De forma geral, as espécies ocupam o espaço de forma heterogênea em resposta às características ambientais e interações com outras esp...

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Main Authors: Entringer, Hilton, Macedo, Renan, Srbek-Araujo, Ana Carolina
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2021
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufes.br/sebivix/article/view/34861
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spelling ftunivfesojs:oai:periodicos.ufes.br:article/34861 2023-05-15T13:21:12+02:00 DISTRIBUIÇÃO ALTITUDINAL DO GRUPO Callicebus personatus (PRIMATES: PITHECIIDAE) Entringer, Hilton Macedo, Renan Srbek-Araujo, Ana Carolina 2021-04-15 application/pdf https://periodicos.ufes.br/sebivix/article/view/34861 por por Universidade Federal do Espírito Santo https://periodicos.ufes.br/sebivix/article/view/34861/23219 https://periodicos.ufes.br/sebivix/article/view/34861 Copyright (c) 2021 Anais da Semana de Biologia da UFES de Vitória Anais da Semana de Biologia da UFES de Vitória; v. 2 (2021): XII SeBiVix: Da Origem ao Amanhã: Como Caminha a Ciência?; 28 2763-6305 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Avaliado pelos pares 2021 ftunivfesojs 2022-02-20T00:23:01Z Primatas congêneres apresentam elevado potencial competitivo e geralmente não são simpátricos, embora sua ocorrência possa ser sobreposta nas bordas de distribuição. De forma geral, as espécies ocupam o espaço de forma heterogênea em resposta às características ambientais e interações com outras espécies. A altitude, especificamente, influencia os fatores meteorológicos e a vegetação, promovendo diferenças na composição das comunidades. Dentre os primatas neotropicais, o grupo Callicebus personatus encontra-se representado por cinco espécies (C. coimbrai: Sergipe e nordeste da Bahia; C. barbarabrownae: porção central da Bahia; C. melanochir: centro-sul da Bahia até o extremo norte do Espírito Santo; C. personatus: sul da Bahia até o norte do Rio de Janeiro e leste de Minas Gerais; e C. nigrifrons: centro sul de Minas Gerais até São Paulo), todas distribuídas na porção leste do Brasil. Visto que a distribuição geográfica desses primatas está bem definida, o estudo objetivou caracterizar a distribuição altitudinal das espécies citadas. Foram considerados dados de ocorrência disponíveis no data paper “Atlantic-Primates: a dataset of communities and occurrences of primates in the Atlantic Forests of South America”. A partir desse banco de dados, foi calculada a média e a amplitude altitudinal (AA=diferença entre valores de maior e menor altitude) para cada espécie. Em seguida, foi estimado o valor de elevação máxima do terreno (EMT) contido dentro dos limites de distribuição geográfica de cada espécie (dados disponibilizados pelo IBGE). Os valores de altitude média e AA variaram entre as espécies e de EMT variaram entre as áreas de distribuição (C. coimbrai: média=176m, AA=341m/variando entre 6 e 347m, EMT=750m; C. barbarabrownae: média=507m, AA=488m/263–751m, EMT=2.033m; C. melanochir: média=368m, AA=734m/1–735m, EMT=948m; C. personatus: média=1.183m, AA=2.364m/1–2.365m, EMT=2.891m; C. nigrifrons: média=1.360m, AA=2.225m/248–2.473m, EMT=2.790m), com grande amplitude altitudinal registrada para o grupo (AA=2.472m/1–2.473m, EMT=2.891m). Considera-se que a faixa altitudinal ocupada por cada espécie reflita a variação de altitude disponível ao longo de sua distribuição geográfica, visto que as espécies que ocupam regiões com maiores elevações apresentaram maior AA. Entretanto, nenhuma espécie alcançou o limite de altitude regional, independente da EMT. Isso pode estar relacionado ao fato das espécies de Callicebus estarem mais associadas a hábitats florestais e das cotas mais elevadas serem normalmente ocupadas por campos rupestres, não favorecendo a ocorrência do grupo. Embora o grupo C. personatus possa apresentar possíveis restrições altitudinais, sugere-se que haja tolerância às variações ambientais decorrentes da altitude, com registros distribuídos entre ambientes de baixa e alta elevação. Palavras-chave: Ecologia espacial. Espécies aparentadas. Fatores ambientais. Variação altitudinal. Article in Journal/Newspaper Alta Periódicos da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) Alta Elevado ENVELOPE(-63.267,-63.267,-64.683,-64.683) Nordeste ENVELOPE(-66.867,-66.867,-68.167,-68.167)
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