Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro
No ambiente marinho, não só as relações térmicas e salinas são responsáveis pela distribuição da vida neste habitat, como também sua produtividade depende do suprimento de sais nutrientes em áreas com quantidade de luz suficiente. O presente trabalho enfoca a estrutura termohalina e as massas de águ...
Main Author: | |
---|---|
Other Authors: | |
Format: | Master Thesis |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2003
|
Subjects: | |
Online Access: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8881 |
id |
ftunifpernambuco:oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8881 |
---|---|
record_format |
openpolar |
institution |
Open Polar |
collection |
Repositório Institucional UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) |
op_collection_id |
ftunifpernambuco |
language |
Portuguese |
topic |
Ressurgência Massas d água Estrutura termohalina |
spellingShingle |
Ressurgência Massas d água Estrutura termohalina Cristiano de Freitas, Isaac Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro |
topic_facet |
Ressurgência Massas d água Estrutura termohalina |
description |
No ambiente marinho, não só as relações térmicas e salinas são responsáveis pela distribuição da vida neste habitat, como também sua produtividade depende do suprimento de sais nutrientes em áreas com quantidade de luz suficiente. O presente trabalho enfoca a estrutura termohalina e as massas de água no ambiente da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Nordeste brasileiro e os processos físico-oceanográficos ali atuantes, em particular, ressurgência de borda de plataforma. Os dados foram obtidos durante as campanhas oceanográficas NEI, NEII, NEIII e NEIV do programa REVIZEE/SCORE NE, a bordo do NOc. Antares da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), Marinha do Brasil em ago-out/95 (inverno), jan-abr/97 (verão), abr-jul/98 (outono) e set-dez/00 (primavera) e compreenderam levantamentos em grande escala da estrutura termohalina (618 perfis de CTD e 396 perfis de XBT) e da microestrutura termohalina (25 perfis de SCAMP), para o trecho costeiro Recife-Salvador. Na ZEE-NE, o campo superficial de temperatura, é bastante homogêneo, com uma elevação global de 1,5 graus entre os períodos de primavera e verão/outono, com a maior variabilidade sendo registrada para o nível de 100 m de profundidade (amplitude=12 °C) devido a diferenças, ao longo da área, na profundidade de início da termoclina. Aos 200 m de profundidade, a amplitude térmica cai 9°C, sendo cerca de 3°C ao nível limite da ZEE (500 m) e comparável àquela de superfície aos 900 m de profundidade. A salinidade aumenta em direção à costa brasileira, com as isohalinas seguindo o contorno geral da costa para o trecho entre o Recife e a foz do Rio Parnaíba. No trecho Recife-Salvador a distribuição das isolinhas tem um caráter mais zonal, com a salinidade aumentando com a latitude. A camada mais superficial (primeiros 50 m) do trecho sul da ZEE-NE, apresentou um forte gradiente da salinidade, com os maiores valores sendo encontrados mais próximos à costa. Este padrão, no entanto, não foi verificado para as camadas mais profundas ou para o período de verão. Um máximo de salinidade sub-superficial cerca de 1 a 1,5 unidades superior aos valores da superfície esteve presente entre os 50 e 100 m de profundidade, correspondendo aproximadamente à profundidade de início da termoclina. O máximo de salinidade tende a ser mais acentuado para a área sul da ZEE-NE (LAT>5°). Na camada mais superficial, os diagramas T-S indicaram a presença da Água Tropical Superficial (ATS), com salinidade superior a 36 usp e temperatura acima de 20° C. Esta massa ocupa os primeiros 150-200 m de profundidade. O primeiro ponto de inflexão do diagrama corresponde a região do máximo de salinidade subsuperficial. Abaixo da ATS, encontramos a Água Central do Atlântico Sul (ACAS) correspondendo ao trecho linear do diagrama T-S. Apresenta salinidade entre 34,5 e 36,0 usp e temperatura entre 5° e 20° C, ocupando a camada até os 800 m de profundidade.Abaixo dela, encontramos a Água Antártica Intermediária (AAI), caracterizada por uma salinidade mínima. Em toda a área a presença de uma termoclina permanente e bem definida é uma constante. Verifica-se um aprofundamento da termoclina com o aumento de latitude e contra a costa ao longo do trecho sul da ZEE-NE. Sazonalmente, para as áreas de ilhas e bancos oceânicos e ao longo do trecho sul da costa, entre Recife e Salvador, principalmente entre Aracaju e Salvador, verifica-se perturbações na estrutura termohalina, com soerguimento de sub-superfície das isotermas associado à formação de vórtices pela interação das correntes com o relevo marinho, ou ainda formação de ondas internas e/ou de remoinhos pelo desprendimento de meandros da corrente do Brasil Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico |
author2 |
Medeiros Limongi, Carmen |
format |
Master Thesis |
author |
Cristiano de Freitas, Isaac |
author_facet |
Cristiano de Freitas, Isaac |
author_sort |
Cristiano de Freitas, Isaac |
title |
Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro |
title_short |
Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro |
title_full |
Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro |
title_fullStr |
Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro |
title_full_unstemmed |
Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro |
title_sort |
estrutura termohalina e massas d água na zona econômica exclusiva do ne brasileiro |
publisher |
Universidade Federal de Pernambuco |
publishDate |
2003 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8881 |
long_lat |
ENVELOPE(-66.867,-66.867,-68.167,-68.167) |
geographic |
Nordeste |
geographic_facet |
Nordeste |
genre |
Antártica |
genre_facet |
Antártica |
op_relation |
Cristiano de Freitas, Isaac; Medeiros Limongi, Carmen. Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8881 |
_version_ |
1766288599720919040 |
spelling |
ftunifpernambuco:oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8881 2023-05-15T14:16:30+02:00 Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro Cristiano de Freitas, Isaac Medeiros Limongi, Carmen 2003 application/pdf https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8881 por por Universidade Federal de Pernambuco Cristiano de Freitas, Isaac; Medeiros Limongi, Carmen. Estrutura termohalina e massas d Água na Zona Econômica Exclusiva do NE brasileiro. 2003. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8881 Ressurgência Massas d água Estrutura termohalina masterThesis 2003 ftunifpernambuco 2020-03-09T10:58:47Z No ambiente marinho, não só as relações térmicas e salinas são responsáveis pela distribuição da vida neste habitat, como também sua produtividade depende do suprimento de sais nutrientes em áreas com quantidade de luz suficiente. O presente trabalho enfoca a estrutura termohalina e as massas de água no ambiente da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Nordeste brasileiro e os processos físico-oceanográficos ali atuantes, em particular, ressurgência de borda de plataforma. Os dados foram obtidos durante as campanhas oceanográficas NEI, NEII, NEIII e NEIV do programa REVIZEE/SCORE NE, a bordo do NOc. Antares da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), Marinha do Brasil em ago-out/95 (inverno), jan-abr/97 (verão), abr-jul/98 (outono) e set-dez/00 (primavera) e compreenderam levantamentos em grande escala da estrutura termohalina (618 perfis de CTD e 396 perfis de XBT) e da microestrutura termohalina (25 perfis de SCAMP), para o trecho costeiro Recife-Salvador. Na ZEE-NE, o campo superficial de temperatura, é bastante homogêneo, com uma elevação global de 1,5 graus entre os períodos de primavera e verão/outono, com a maior variabilidade sendo registrada para o nível de 100 m de profundidade (amplitude=12 °C) devido a diferenças, ao longo da área, na profundidade de início da termoclina. Aos 200 m de profundidade, a amplitude térmica cai 9°C, sendo cerca de 3°C ao nível limite da ZEE (500 m) e comparável àquela de superfície aos 900 m de profundidade. A salinidade aumenta em direção à costa brasileira, com as isohalinas seguindo o contorno geral da costa para o trecho entre o Recife e a foz do Rio Parnaíba. No trecho Recife-Salvador a distribuição das isolinhas tem um caráter mais zonal, com a salinidade aumentando com a latitude. A camada mais superficial (primeiros 50 m) do trecho sul da ZEE-NE, apresentou um forte gradiente da salinidade, com os maiores valores sendo encontrados mais próximos à costa. Este padrão, no entanto, não foi verificado para as camadas mais profundas ou para o período de verão. Um máximo de salinidade sub-superficial cerca de 1 a 1,5 unidades superior aos valores da superfície esteve presente entre os 50 e 100 m de profundidade, correspondendo aproximadamente à profundidade de início da termoclina. O máximo de salinidade tende a ser mais acentuado para a área sul da ZEE-NE (LAT>5°). Na camada mais superficial, os diagramas T-S indicaram a presença da Água Tropical Superficial (ATS), com salinidade superior a 36 usp e temperatura acima de 20° C. Esta massa ocupa os primeiros 150-200 m de profundidade. O primeiro ponto de inflexão do diagrama corresponde a região do máximo de salinidade subsuperficial. Abaixo da ATS, encontramos a Água Central do Atlântico Sul (ACAS) correspondendo ao trecho linear do diagrama T-S. Apresenta salinidade entre 34,5 e 36,0 usp e temperatura entre 5° e 20° C, ocupando a camada até os 800 m de profundidade.Abaixo dela, encontramos a Água Antártica Intermediária (AAI), caracterizada por uma salinidade mínima. Em toda a área a presença de uma termoclina permanente e bem definida é uma constante. Verifica-se um aprofundamento da termoclina com o aumento de latitude e contra a costa ao longo do trecho sul da ZEE-NE. Sazonalmente, para as áreas de ilhas e bancos oceânicos e ao longo do trecho sul da costa, entre Recife e Salvador, principalmente entre Aracaju e Salvador, verifica-se perturbações na estrutura termohalina, com soerguimento de sub-superfície das isotermas associado à formação de vórtices pela interação das correntes com o relevo marinho, ou ainda formação de ondas internas e/ou de remoinhos pelo desprendimento de meandros da corrente do Brasil Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Master Thesis Antártica Repositório Institucional UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Nordeste ENVELOPE(-66.867,-66.867,-68.167,-68.167) |