Biogeografia e conectividade entre a malacofauna da Costa Oeste Sul americana e Antártica.

O gradiente de diversidade associado à latitude é bastante reconhecido, levando muitos pesquisadores a acreditarem no empobrecimento da fauna Antártica. Entretanto, o aumento do esforço amostral, mostrou uma grande diversidade de organismos marinhos na Antártica, com um elevado endemismo para alguns...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Fortes, Rafael da Rocha
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:unknown
Published: Programa de Pós-Graduação em Ecologia 2017
Subjects:
Online Access:https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/view/8121
id ftufriodejaneiro:oai:www.revistas.ufrj.br:article/8121
record_format openpolar
spelling ftufriodejaneiro:oai:www.revistas.ufrj.br:article/8121 2023-05-15T14:15:55+02:00 Biogeografia e conectividade entre a malacofauna da Costa Oeste Sul americana e Antártica. Fortes, Rafael da Rocha 2017-02-20 https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/view/8121 unknown Programa de Pós-Graduação em Ecologia https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/downloadSuppFile/8121/1123 https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/view/8121 Direitos autorais 2017 Oecologia Australis http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 CC-BY-NC Oecologia Australis; v. 15, n. 1 (2011): Antarctic ~ South American Interactions in the Marine Environment (ASAI) 2177-6199 Oceano Atlântico Biogeografia Antártica Marinho Mollusca info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion 2017 ftufriodejaneiro 2021-08-02T06:47:40Z O gradiente de diversidade associado à latitude é bastante reconhecido, levando muitos pesquisadores a acreditarem no empobrecimento da fauna Antártica. Entretanto, o aumento do esforço amostral, mostrou uma grande diversidade de organismos marinhos na Antártica, com um elevado endemismo para alguns grupos. Este endemismo pode estar associado ao isolamento e as mudanças climáticas ocorridas ao longo do tempo evolutivo. Entretanto, evidências recentes mostraram a conectividade da fauna antártica e sul americana. Este trabalho utilizou dados provenientes do Malacolog 4.1.1. A área geográfica foi a costa atlântica da América do Sul e áreas adjacentes da Antártica (Península Antártica, parte do mar de Weddell e o arco de ilhas Scotia). Nossa amostragem levantou 6517 espécies de moluscos. A província com maior riqueza foi a Plataforma Continental do Norte do Brasil e a menor foi a do mar de Scotia. A taxa de endemismo para as menores latitudes foi cerca de 15%, contrário ao elevado endemismo na província do mar de Scotia (40%). A maior riqueza foi encontrada na ecoregião da Guiana, e a menor na da Península Antártica. A maioria das ecoregiões possui endemismo em torno de 3%, sendo o maior na Georgia do Sul. O gradiente de riqueza foi corroborado. A análise de grupamento para a malacofauna mostrou quarto grupos significantes. A Regra de Rapoport batimétrica mostrou um aumento da amplitude batimétrica nas ecoregiões das maiores latitudes e a Regra de Bergmann mostrou a sua relação oposta. A elevada riqueza em 25o S pode estar relacionada aos recifes de corais e algas calcáreas. Nas latitudes medianas, observou-se uma elevada riqueza, além de corresponder á um ecótono entre espécies com afinidade termófilas e criófilas. A análise de grupamento validou três províncias propostas por Spalding, todavia invalidou a província da Plataforma Continental do Norte do Brasil. O elevado endemismo observado nas províncias Magelânica e do Mar de Scotia comprovam o isolamento da Antártica, embora a análise de grupamento tenha mostrado uma conexão com a América do Sul. A Regra de Bergmann invertida pode ser explicada pelo curto período favorável ao crescimento que limitaria o tamanho corporal fenotípico nestas regiões. Article in Journal/Newspaper Antártica Mar de Weddell Portal de Periódicos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Elevado ENVELOPE(-63.267,-63.267,-64.683,-64.683) mar de Weddell ENVELOPE(-36.000,-36.000,-54.601,-54.601) Weddell
institution Open Polar
collection Portal de Periódicos da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
op_collection_id ftufriodejaneiro
language unknown
topic Oceano Atlântico
Biogeografia
Antártica
Marinho
Mollusca
spellingShingle Oceano Atlântico
Biogeografia
Antártica
Marinho
Mollusca
Fortes, Rafael da Rocha
Biogeografia e conectividade entre a malacofauna da Costa Oeste Sul americana e Antártica.
topic_facet Oceano Atlântico
Biogeografia
Antártica
Marinho
Mollusca
description O gradiente de diversidade associado à latitude é bastante reconhecido, levando muitos pesquisadores a acreditarem no empobrecimento da fauna Antártica. Entretanto, o aumento do esforço amostral, mostrou uma grande diversidade de organismos marinhos na Antártica, com um elevado endemismo para alguns grupos. Este endemismo pode estar associado ao isolamento e as mudanças climáticas ocorridas ao longo do tempo evolutivo. Entretanto, evidências recentes mostraram a conectividade da fauna antártica e sul americana. Este trabalho utilizou dados provenientes do Malacolog 4.1.1. A área geográfica foi a costa atlântica da América do Sul e áreas adjacentes da Antártica (Península Antártica, parte do mar de Weddell e o arco de ilhas Scotia). Nossa amostragem levantou 6517 espécies de moluscos. A província com maior riqueza foi a Plataforma Continental do Norte do Brasil e a menor foi a do mar de Scotia. A taxa de endemismo para as menores latitudes foi cerca de 15%, contrário ao elevado endemismo na província do mar de Scotia (40%). A maior riqueza foi encontrada na ecoregião da Guiana, e a menor na da Península Antártica. A maioria das ecoregiões possui endemismo em torno de 3%, sendo o maior na Georgia do Sul. O gradiente de riqueza foi corroborado. A análise de grupamento para a malacofauna mostrou quarto grupos significantes. A Regra de Rapoport batimétrica mostrou um aumento da amplitude batimétrica nas ecoregiões das maiores latitudes e a Regra de Bergmann mostrou a sua relação oposta. A elevada riqueza em 25o S pode estar relacionada aos recifes de corais e algas calcáreas. Nas latitudes medianas, observou-se uma elevada riqueza, além de corresponder á um ecótono entre espécies com afinidade termófilas e criófilas. A análise de grupamento validou três províncias propostas por Spalding, todavia invalidou a província da Plataforma Continental do Norte do Brasil. O elevado endemismo observado nas províncias Magelânica e do Mar de Scotia comprovam o isolamento da Antártica, embora a análise de grupamento tenha mostrado uma conexão com a América do Sul. A Regra de Bergmann invertida pode ser explicada pelo curto período favorável ao crescimento que limitaria o tamanho corporal fenotípico nestas regiões.
format Article in Journal/Newspaper
author Fortes, Rafael da Rocha
author_facet Fortes, Rafael da Rocha
author_sort Fortes, Rafael da Rocha
title Biogeografia e conectividade entre a malacofauna da Costa Oeste Sul americana e Antártica.
title_short Biogeografia e conectividade entre a malacofauna da Costa Oeste Sul americana e Antártica.
title_full Biogeografia e conectividade entre a malacofauna da Costa Oeste Sul americana e Antártica.
title_fullStr Biogeografia e conectividade entre a malacofauna da Costa Oeste Sul americana e Antártica.
title_full_unstemmed Biogeografia e conectividade entre a malacofauna da Costa Oeste Sul americana e Antártica.
title_sort biogeografia e conectividade entre a malacofauna da costa oeste sul americana e antártica.
publisher Programa de Pós-Graduação em Ecologia
publishDate 2017
url https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/view/8121
long_lat ENVELOPE(-63.267,-63.267,-64.683,-64.683)
ENVELOPE(-36.000,-36.000,-54.601,-54.601)
geographic Elevado
mar de Weddell
Weddell
geographic_facet Elevado
mar de Weddell
Weddell
genre Antártica
Mar de Weddell
genre_facet Antártica
Mar de Weddell
op_source Oecologia Australis; v. 15, n. 1 (2011): Antarctic ~ South American Interactions in the Marine Environment (ASAI)
2177-6199
op_relation https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/downloadSuppFile/8121/1123
https://revistas.ufrj.br/index.php/oa/article/view/8121
op_rights Direitos autorais 2017 Oecologia Australis
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
op_rightsnorm CC-BY-NC
_version_ 1766288176693903360