Le décloisonnement du passage du Nord-Ouest

Estimulados pelo impacto das mudanças climáticas no Ártico, vários grupos de interesse (Estados e armadores) consideram a passagem do Noroeste como um sonho de estrada navegável entre a Europa e a Ásia, no norte do continente norteamericano. Na falta de recursos, o Estado canadense demora em desenvo...

Full description

Bibliographic Details
Published in:IdeAs
Main Author: Grenier, Alain Adrien
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:French
Published: Institut des Amériques 2018
Subjects:
geo
Ela
Online Access:http://journals.openedition.org/ideas/3313
Description
Summary:Estimulados pelo impacto das mudanças climáticas no Ártico, vários grupos de interesse (Estados e armadores) consideram a passagem do Noroeste como um sonho de estrada navegável entre a Europa e a Ásia, no norte do continente norteamericano. Na falta de recursos, o Estado canadense demora em desenvolver as infraestruturas necessárias para a comercialização da passagem, o que alimenta as dúvidas sobre sua capacidade em assumir sua soberania nessa passagem. Enquanto isso, há três décadas que cresce um turismo de aventuras marítimas, nesse meio caracterizado por condições geo-climáticas e socio-econômicas extremas.O território evocado se chama Nunavut – “nossa terra”, em inuktitut; o turismo “polar” que se desenvolve ali radica no interesse do público pela natureza (fauna, flora, paisagens) das regiões polares, numa curiosidade para o povo inuit que vive nessas terras, e num desejo mal disfarçado de atingir essas latitudes extremas, que durante muito tempo pareciam malditas nos relatos trágicos dos exploradores.Além das questões de navegação, que os armadores devem também enfrentar, a indústria do turismo de cruzeiro polar responde a outros desafios que lhe são específicos. Por um lado, a dispersão das atrações turísticas no Nunavut – território de 2 000 000 km2 com uma população de 38 000 habitantes (NBS, 2018) – representa um quebra-cabeça organizacional para os operadores turísticos. A isso se some a ausência de infraestruturas necessárias (aeroportos, portos e alojamentos) para receber os visitantes e garantir sua segurança. O desenvolvimento do turismo leva também os Inuits a se interrogar sobre o fato de participar ou não a essa atividade econômica, assim comon sobre a gestão e a proteção de seu patrimônio natural e cultural.Numa encruzilhada entre geografia e sociologia, este estudo assinala como a indústria turística, tendo um papel precursor através da exploração da navegação no Ártico, contribui para a abertura de um território marítimo que, num primeiro momento, ela tentava proteger. Stimulated by the ...