Cinema e contraluz: limiares da repressão na cultura midiática argentina
Este artigo busca examinar em filmes argentinos (notadamente Valentín, Kamchatka e O segredo dos seus olhos) o procedimento da contraluz, entendido como um modo de composição narrativa em que eventos relacionados a ditaduras e outras formas de repressão movem-se no escuro, porém atuando agudamente s...
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Format: | Article in Journal/Newspaper |
Language: | English Spanish French Italian Portuguese |
Published: |
Pontíficia Universidade Católica de São Paulo
2014
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Subjects: | |
Online Access: | https://doaj.org/article/fb1bd63806984456912160d28aa0d617 |
Summary: | Este artigo busca examinar em filmes argentinos (notadamente Valentín, Kamchatka e O segredo dos seus olhos) o procedimento da contraluz, entendido como um modo de composição narrativa em que eventos relacionados a ditaduras e outras formas de repressão movem-se no escuro, porém atuando agudamente sobre a trajetória das personagens.A partir de uma breve recuperação do movimento de internacionalização da cinematografia argentina, que, já em meados de 1980, articula estruturas dramáticas convencionaise denúncia política, pretende-se analisar o modo como parte do cinema deste século representa a violência de estados autoritários. Seja pelo investimento imaginativo, pela metalinguagem ou pela alegoria, essas narrativas renunciam às imagens explícitas da violência dos aparatos repressores e engendram dramaturgias de grande eficácia comunicacional. Coloca-se, assim, em discussão, a capacidade reflexiva desses filmes no que se refere às relações entre o ficcional, o midiático e o social. Este article seeks to examine in Argentinian films (remarkably Valentn, Kamchatka and the secrecy of their eyes) the counter-allusion procedure, understood as a narrative composition in which events related to dictatorships and other forms of repression move in the dark, but acting actively on the path of personals.From a brief recovery of the internationalisation movement of Argentine cinematography, which, as early as mid-1980, articulates dramatic structures conventionally denouncing politics, the aim is to examine how part of this century’s cinema represents violence by authoritarian states. Whether by imaginative investment, metalinguage or accusation, these narratives renounce explicit images of the violence of repressive appearances and lead to dramatic rhetoric that is highly effective in communication. The reflective capacity of these films is therefore under discussion as regards the relationship between fictional, mydiatic and social. |
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