Arrojamentos de cetáceos e interações com as pescas na costa norte de Portugal Continental
A análise de arrojamentos de cetáceos tornou-se uma ferramenta importante para o estudo e monitorização de populações. Os arrojamentos representam informação que contribui para conhecermos melhor a ocorrência, distribuição e densidade relativa de uma espécie, condição corporal, saúde e causas de mor...
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ftria:oai:ria.ua.pt:10773/30825 2023-05-15T17:59:15+02:00 Arrojamentos de cetáceos e interações com as pescas na costa norte de Portugal Continental Ângelo, Ana Rita Melo Eira, Catarina Isabel da Costa Simões 2023-02-24 http://hdl.handle.net/10773/30825 por por http://hdl.handle.net/10773/30825 embargoedAccess https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ CC-BY Mamíferos marinhos Captura acidental Delphinus delphis Phocoena phocoena Atlântico nordeste masterThesis 1480 ftria 2022-05-25T18:38:51Z A análise de arrojamentos de cetáceos tornou-se uma ferramenta importante para o estudo e monitorização de populações. Os arrojamentos representam informação que contribui para conhecermos melhor a ocorrência, distribuição e densidade relativa de uma espécie, condição corporal, saúde e causas de morte prevalentes. Desta maneira, este estudo serviu para verificar a situação atual, e dos últimos 10 anos, dos arrojamentos de cetáceos, em especial do golfinho-comum e boto, na zona centro e norte de Portugal, desde Caminha até Peniche. Para isso, recorreu-se aos dados da rede regional de arrojamentos para observar frequências de arrojamentos, tendências anuais, mensais e trimestrais (sazonais), as principais causas de morte e maturidade das populações de golfinho-comum e boto. Foi demonstrado que a espécie mais representativa na área de estudo é o golfinho-comum (66.43%), seguido do boto (15.10%), golfinho-riscado (3.80%), roaz (2.12%) e a baleia-anã (1.36%). Desde 2010 a 2019, verificou-se um aumento no número de arrojamentos totais, do golfinho-comum e do boto. Destacou-se principalmente o ano 2019 por apresentar os números mais elevados de arrojamentos. Isto poderá dever-se a um incremento da mortalidade da população e/ou a um aumento da proporção de animais mortos que chegam a arrojar e são detetados. Pela evolução mensal e trimestral, foi possível observar um maior número de arrojamentos no início do ano e um pico no mês julho. Estes padrões de evolução podem resultar de diversos fatores, nomeadamente condições marítimas adversas no inverno/primavera que dificultam a sobrevivência de indivíduos mais fracos e jovens, e que possibilitam a chegada à costa de mais indivíduos. Além disso, estes padrões também demonstram a sazonalidade de artes de pesca, em que o maior número de arrojamentos no inverno está associado a um maior número de indivíduos com evidências de captura acidental pela arte de pesca de redes de emalhar. O mesmo acontece no verão, em que o pico de arrojamentos está associado a um maior número de ... Master Thesis Phocoena phocoena Repositório Institucional da Universidade de Aveiro (RIA) Nordeste ENVELOPE(-66.867,-66.867,-68.167,-68.167) |
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A análise de arrojamentos de cetáceos tornou-se uma ferramenta importante para o estudo e monitorização de populações. Os arrojamentos representam informação que contribui para conhecermos melhor a ocorrência, distribuição e densidade relativa de uma espécie, condição corporal, saúde e causas de morte prevalentes. Desta maneira, este estudo serviu para verificar a situação atual, e dos últimos 10 anos, dos arrojamentos de cetáceos, em especial do golfinho-comum e boto, na zona centro e norte de Portugal, desde Caminha até Peniche. Para isso, recorreu-se aos dados da rede regional de arrojamentos para observar frequências de arrojamentos, tendências anuais, mensais e trimestrais (sazonais), as principais causas de morte e maturidade das populações de golfinho-comum e boto. Foi demonstrado que a espécie mais representativa na área de estudo é o golfinho-comum (66.43%), seguido do boto (15.10%), golfinho-riscado (3.80%), roaz (2.12%) e a baleia-anã (1.36%). Desde 2010 a 2019, verificou-se um aumento no número de arrojamentos totais, do golfinho-comum e do boto. Destacou-se principalmente o ano 2019 por apresentar os números mais elevados de arrojamentos. Isto poderá dever-se a um incremento da mortalidade da população e/ou a um aumento da proporção de animais mortos que chegam a arrojar e são detetados. Pela evolução mensal e trimestral, foi possível observar um maior número de arrojamentos no início do ano e um pico no mês julho. Estes padrões de evolução podem resultar de diversos fatores, nomeadamente condições marítimas adversas no inverno/primavera que dificultam a sobrevivência de indivíduos mais fracos e jovens, e que possibilitam a chegada à costa de mais indivíduos. Além disso, estes padrões também demonstram a sazonalidade de artes de pesca, em que o maior número de arrojamentos no inverno está associado a um maior número de indivíduos com evidências de captura acidental pela arte de pesca de redes de emalhar. O mesmo acontece no verão, em que o pico de arrojamentos está associado a um maior número de ... |
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