Summary: | O autor analisa os usos que certos movimentos sociais e políticos fazem de antigos conceitos antropológicos, mostrando como estes grupos interpretam e se apropriam de algumas teorias antropológicas. Discussões acerca dos direitos de minorias étnicas, sejam elas feitas no âmbito de uma nação ou numa assembléia das Nações Unidas, fundamentam algumas políticas nacionais e internacionais. O autor salienta a importância de se ter clareza acerca de quais conceitos e teorias estão sendo empregados nestas discussões - conceitos como nativo ou indígena, hoje eufemismos para o primitivo, civilização ou cultura, às vezes empregados em outros tempos no lugar de raça, e teorias como a do evolucionismo. Para exemplificar as apropriações conceituais empregadas por movimentos sociais, o autor analisa os movimentos de povos ditos caçadores-coletores, como os Inuit no norte do Canadá e os Bushmen no sul do continente africano.
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