Parasitemia em pacientes chagásicos crônicos avaliada pelo indice de triatomíneos infectados no xenodiagnóstico

Como parte de um estudo pré-terapêutico da infecção chagásica crônica, a parasitemia de 206pacientes (85 homens e 121 mulheres, com idades de 7 a 80 anos, média de 37,4 ± 14,6) do município de Virgem da Lapa, Minas Gerais, foi avaliada pelo índice de ninfas de triatomíneos infectadas nos xenodiagnós...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Main Authors: José Borges Pereira, Henry Percy Faraco Willcox, Carlos Brisola Marcondes, José Rodrigues Coura
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1989
Subjects:
Online Access:https://doi.org/10.1590/S0037-86821989000100007
https://doaj.org/article/ed0c8ae08ce543b19dc55a7e242c1642
Description
Summary:Como parte de um estudo pré-terapêutico da infecção chagásica crônica, a parasitemia de 206pacientes (85 homens e 121 mulheres, com idades de 7 a 80 anos, média de 37,4 ± 14,6) do município de Virgem da Lapa, Minas Gerais, foi avaliada pelo índice de ninfas de triatomíneos infectadas nos xenodiagnósticos aplicados. Cada paciente foi submetido a três exames no período de 12 meses. Em cada exame foram aplicadas 40 ninfas de 3.° ou 4.° estádios de Triatoma infestans. A parasitemia de cada paciente foi classificada arbitrariamente, de acordo com o percentual de ninfas positivas no total de examinadas nos três xenos, em: não detectada - todas as ninfas negativas; baixa - quando o valor era maior que zero ou até igual a 2,0%; média - quando maior que 2,0% ou até igual a 7,0%; e alta- quando era maior que 7,0%. Com esses critérios a parasitemia não foi detectada em 105 (51,0%) pacientes, foi baixa em 55 (26,7%), média em 27 (13,1%) e alta em 19 (9,2%). Não houve diferença nos níveis da parasitemia em relação ao sexo dos pacientes, mas em relação aos grupos etários foi maior a freqüência da parasitemia baixa no grupo de 60 ou mais anos. A parasitemia alta foi mais freqüente no grupo de pacientes com cardiopatia crônica chagásica. A "parasitemia persistente" (todos os xenopositivos) foi observada em todos os pacientes com parasitemia alta, em 22,2% dos que apresentaram parasitemia média e em nenhum com parasitemia baixa.