Comunidades epistêmicas e os desafios na formação de técnicos em saúde na pandemia de covid-19

Este artigo discute a atuação da comunidade epistêmica ligada à formação de técnicos em saúde a partir da análise das ações desencadeadas pelo Centro Colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) para a educação desses técnicos durante a pandemia de covid-...

Full description

Bibliographic Details
Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Carlos Eduardo Colpo Batistella, Ana Beatriz Marinho de Noronha, Luciana Frederico Milagres
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2023
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.26633/RPSP.2023.1
https://doaj.org/article/eaf20a2d8db4460086d67b59748697a8
Description
Summary:Este artigo discute a atuação da comunidade epistêmica ligada à formação de técnicos em saúde a partir da análise das ações desencadeadas pelo Centro Colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) para a educação desses técnicos durante a pandemia de covid-19, com o objetivo de cotejar essas ações com os principais elementos que definem a constituição e o funcionamento de comunidades epistêmicas conforme a literatura especializada. Argumenta-se que, a despeito das diferenças na configuração histórica dos sistemas nacionais de saúde e dos sistemas formadores, o surgimento de desafios comuns na formação de técnicos propiciou articulação de demandas, compartilhamento de avaliações diagnósticas e cooperação entre a Rede Internacional de Educação de Técnicos em Saúde, a Rede Ibero-Americana de Educação de Técnicos em Saúde e a Rede de Escolas Técnicas de Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, promovendo troca de experiências, busca de soluções estratégicas e disseminação de recomendações entre os países. Ao reafirmar o papel central dos técnicos nas ações de vigilância epidemiológica, diagnóstico e assistência, a emergência sanitária exigiu respostas imediatas e consistentes de governos e instituições formadoras, favorecendo o fortalecimento da comunidade epistêmica de formação de técnicos em saúde pela circulação de discursos e da hegemonização de sentidos para a educação de técnicos em saúde. Essa atuação, no entanto, não confere estabilidade ou homogeneidade à comunidade epistêmica de formação de técnicos em saúde, uma vez que suas articulações são provisórias e contingentes, nem assegura capacidade de influência direta sobre as políticas em cada país.