Aspectos evolutivos da hepatite C pós-transfusional. Revisão de 175 casos

O vírus da hepatite C é o principal responsável pela hepatite pós-transfusional e sua progressão para hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular é muito comum. A fim de avaliar frequência, tempo e fatores relacionados à progressão da hepatite C, estudamos 175 pacientes com hepatite C pós-tr...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Henrique Sérgio Moraes Coelho, Fátima Aparecida Ferreira Figueiredo, Jorge André Segadas, Vera Lúcia Panaim, Carmem Martins Nogueira, Cledson Reis Silva, Tatiana Jardim Mussi
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1998
Subjects:
Online Access:https://doaj.org/article/ddfb9e6ff2f64bb1ba5c135edb9163ee
Description
Summary:O vírus da hepatite C é o principal responsável pela hepatite pós-transfusional e sua progressão para hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular é muito comum. A fim de avaliar frequência, tempo e fatores relacionados à progressão da hepatite C, estudamos 175 pacientes com hepatite C pós-transfusional. Estes foram divididos em 2 grupos com cirrose (n = 92) e sem cirrose (n = 83). O tempo médio de desenvolvimento de cirrose foi de 11 ± 6 anos. Pacientes com cirrose eram mais velhos à época da transfusão, apresentavam maior prevalência de alcoolismo e tinham tempo de evolução mais longo. O prognóstico foi pior no grupo com cirrose com 28,4% de mortalidade e 9,1% de carcinoma hepatocelular, comparados a 5,5% e 0% no grupo sem cirrose, respectivamente. Concluímos que a hepatite C pós-transfusional é uma doença progressiva, que se agrava com o passar do tempo, progridindo mais rapidamente em idosos e pacientes com outros fatores de agressão hepática.