Perfil de risco cardiovascular e autoavaliação da saúde no Brasil: estudo de base populacional Cardiovascular risk profile and health self-evaluation in Brazil: a population-based study

OBJETIVOS: Estimar a prevalência e a aglomeração de fatores de risco cardiovascular (hipertensão, tabagismo, inatividade física, uso excessivo de álcool, dieta inadequada e obesidade central) e investigar a sua associação com autoavaliação da saúde após ajuste por características sociodemográficas e...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Janaina Caldeira Pereira, Sandhi Maria Barreto, Valéria Maria de Azeredo Passos
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2009
Subjects:
R
Online Access:https://doaj.org/article/d828768af8dc4bbd91d5fe80f39ed704
Description
Summary:OBJETIVOS: Estimar a prevalência e a aglomeração de fatores de risco cardiovascular (hipertensão, tabagismo, inatividade física, uso excessivo de álcool, dieta inadequada e obesidade central) e investigar a sua associação com autoavaliação da saúde após ajuste por características sociodemográficas e diagnóstico médico de diabetes e doença isquêmica do coração. MÉTODOS: Participaram 9 211 brasileiros de 30 a 69 anos, residentes em 16 capitais, incluídos no Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, 2002-2003, um estudo transversal de base populacional realizado pelo Ministério da Saúde. A variável resposta foi o escore de aglomeração de fatores de risco cardiovascular, variando de zero a 3: nenhuma exposição ou exposição a 1, 2 e 3 ou mais fatores de risco. Os dados foram analisados por regressão logística multinomial, tendo como referência a categoria zero de fatores de risco cardiovascular, com e sem hipertensão. RESULTADOS: A prevalência dos fatores de risco, exceto uso de álcool, foi superior a 25%. A frequência de 2 ou mais fatores de risco foi de 47,49%; 17,91% dos participantes não apresentavam nenhum fator. A aglomeração de fatores de risco foi inversamente associada com renda e escolaridade e foi maior nas idades entre 50 e 59 anos, sem diferenças significativas entre os sexos. Uma pior autoavaliação de saúde foi mais frequente em participantes com mais fatores de risco. A inclusão da hipertensão no escore representou piora no perfil de risco com o aumento da idade e associação significativa com doença isquêmica do coração e diabetes referidos. CONCLUSÕES: A elevada prevalência de fatores de risco cardiovascular em adultos brasileiros reforça a importância de políticas voltadas para a redução desses fatores. A associação entre pior percepção da saúde e maior número de fatores de risco cardiovascular chama a atenção para a importância, a abrangência e a complexidade desse marcador subjetivo de saúde em inquéritos populacionais e sugere ...