Morbidade da esquistossomose mansoni em uma comunidade rural de Minas Gerais

Realizou-se um estudo seccional sobre a esquistossomose mansoni em uma comunidade rural do Município de Itanhomi, Vale do Rio Doce, Minas Gerais, no período de 1973 a 1974, com o objetivo de determinar a morbidade da doença em 1480 habitantes da população, através da avaliação das formas clinicas, d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Maria José Conceição, J.R. Coura
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1978
Subjects:
Online Access:https://doaj.org/article/d5a2443afc9f43c0a7cd9fe1e3a61d06
Description
Summary:Realizou-se um estudo seccional sobre a esquistossomose mansoni em uma comunidade rural do Município de Itanhomi, Vale do Rio Doce, Minas Gerais, no período de 1973 a 1974, com o objetivo de determinar a morbidade da doença em 1480 habitantes da população, através da avaliação das formas clinicas, da prevalência, dos índices de infecção dos moluscos e do contato da população com as águas dos córregos. Em 1973, a prevalência da infecção esquistossomótica através de exames de fezes foi de 60,8% e, em 1974, de 62,3%, com predomínio em jovens entre 16 e 30 anos e nos de sexo masculino. A classificação clínica dos pacientes infectados revelou 61,7% com esquistossomose-infecção; 32,5% com esquistossomose-doença, forma hépato-intestinal e 5,8% com forma hépato-esplênica, dos quais 0,8% apresentavam hipoevolutismo. Estabeleceu-se uma correlação direta entre as formas hépato-esplênicas, preponderantes na faixa etária entre 11 e 15 anos e no sexo masculino, com a maior exposição aos focos de B. glabrata e, também, com a maior intensidade de infecção, determinada pelo número mediano de ovos de S. mansoni por grama de fezes. A two-years cross-sectional study of schistosomiasis mansoni in a rural community of the county of Itanhomi (State of Minas Gerais, Brasil) was performed. Particular attention was given to morbidity rates in 1,480 inhabitants, sanitary facilities, and intermediate host infection rates, in view of a later longitudinal work at the same region. Figures of prevalence over 60 percent in 1973 and 1974, and a 5.8 percent of patients with severe forms of the disease (liver and spleen enlargement), suggest the high endemicity of schistosomiasis in the area. Distribution of the infected population as to the clinical forms of the disease were as follows: 61.7 percent with subclinical infections; 32.5 percent with hep ato intestinal form; and 5.8 percent with liver and spleen enlargement (including 0.8 percent of teenagers with delayed sexual maturation and physical growth). Strong correlation was observed between ...