Prevalência e fatores associados a marcadores do vírus da hepatite B em população rural do Brasil central

Objetivo. Realizar um inquérito soro-epidemiológico sobre infecção pelo vírus da hepatite B em um município do médio-norte do Estado de Mato Grosso, que corresponde à região limítrofe entre o cerrado e a bacia amazônica. Métodos. A amostra incluiu famílias escolhidas aleatoriamente na sede do municí...

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Published in:Revista Panamericana de Salud Pública
Main Authors: Francisco J. D. Souto, Graciela A. Espírito Santo, Juliano C. Philippi, Bruno R. C. Pietro, Renato B. Azevedo, Ana M. C. Gaspar
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2001
Subjects:
R
Online Access:https://doi.org/10.1590/s1020-49892001001200004
https://doaj.org/article/c9f25aec1ea24ab69582826500a01c84
Description
Summary:Objetivo. Realizar um inquérito soro-epidemiológico sobre infecção pelo vírus da hepatite B em um município do médio-norte do Estado de Mato Grosso, que corresponde à região limítrofe entre o cerrado e a bacia amazônica. Métodos. A amostra incluiu famílias escolhidas aleatoriamente na sede do município, assim como toda a população de uma comunidade rural, totalizando 754 indivíduos. A idade variou de 2 a 79 anos. Os participantes foram entrevistados e tiveram amostras de sangue colhidas para pesquisa de marcadores do vírus da hepatite B por método imunoenzimático. Resultados. A infecção pelo vírus da hepatite B foi constatada em 31% da amostra, sendo 3% positivos para o HBsAg. Os 149 (20%) com história de vacinação e anti-HB positivo isoladamente foram considerados respondedores à vacina. As variáveis associadas à exposição ao vírus da hepatite B por análise multivariada foram: já ter iniciado atividade sexual, ter sido vacinado com pistola pressurizada contra febre amarela (entre aqueles com menos de 20 anos) e ser migrante oriundo do Sul do Brasil (indivíduos com mais de 20 anos). A cobertura vacinal foi baixa entre indivíduos com mais de 10 anos de idade. O maior número de suscetíveis (74%) foi encontrado na faixa dos 11 aos 20 anos. Conclusões. No Brasil, a vacinação contra a hepatite B deve ser estendida quanto antes aos adolescentes nas regiões de baixa a moderada prevalência. É provável que os dados obtidos no presente estudo possam ser extrapolados para outras regiões da América Latina com padrão epidemiológico semelhante.