Determinantes da autopercepção de saúde entre idosos do Município de São Paulo, Brasil Determinants of self-rated health among elderly persons in São Paulo, Brazil

OBJETIVO: Investigar a influência de determinantes demográficos e socioeconômicos, das doenças crônicas e da capacidade funcional sobre a autopercepção de saúde entre os idosos do Município de São Paulo e verificar a existência de diferenças entre os sexos quanto à autopercepção de saúde. MÉTODOS: O...

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Bibliographic Details
Main Authors: Luciana Correia Alves, Roberto Nascimento Rodrigues
Format: Article in Journal/Newspaper
Language:English
Spanish
Portuguese
Published: Pan American Health Organization 2005
Subjects:
R
Boa
Online Access:https://doaj.org/article/ba8668e141b441e583855a0921da0908
Description
Summary:OBJETIVO: Investigar a influência de determinantes demográficos e socioeconômicos, das doenças crônicas e da capacidade funcional sobre a autopercepção de saúde entre os idosos do Município de São Paulo e verificar a existência de diferenças entre os sexos quanto à autopercepção de saúde. MÉTODOS: O estudo foi desenvolvido com base em dados do Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento na América Latina e Caribe (SABE). Foram analisados os dados de 2 135 idosos (sendo 58,6% mulheres; idade média e mediana = 69,4 e 68,0 anos). A variável dependente foi a autopercepção de saúde (ruim ou boa). As variáveis independentes foram: as demográficas (idade, sexo, estado conjugal e arranjo familiar), as socioeconômicas (educação e renda), o número de doenças crônicas (hipertensão, artrite ou reumatismo, doença cardiovascular, diabetes, asma, bronquite ou enfisema, embolia ou acidente vascular cerebral e câncer) e a capacidade funcional. Para estimar a associação entre a autopercepção de saúde e as variáveis independentes e estudar as diferenças entre os sexos, foi realizada uma análise de regressão logística binária múltipla. RESULTADOS: A presença de doenças crônicas associada ao sexo do idoso foi o determinante mais fortemente relacionado à autopercepção de saúde no Município de São Paulo. Para os homens, a presença de quatro ou mais doenças crônicas implicou um risco 10,53 vezes maior de uma autopercepção ruim de saúde. Para as mulheres, esse risco foi 8,31 vezes maior. A capacidade funcional, o nível de escolaridade e a renda também foram altamente associados com a percepção de saúde, e a idade teve uma significativa influência. Na ausência de doenças crônicas, ou na presença de duas ou mais doenças crônicas, as mulheres idosas tiveram maior probabilidade de relatar uma boa autopercepção de saúde em comparação com os homens. CONCLUSÕES: Os resultados indicam a necessidade de ações integradas que abordem simultaneamente os principais fatores determinantes da autopercepção de saúde como forma de promover o bem-estar e a ...