O teste imunoenzimático elisa no líquido pericárdico: novo método para o diagnóstico post-mortem da doença de Chagas

• Main Authors: Ademir Rocha, José Roberto Mineo, Edison Reis Lopes, José Carlos Araújo Bessa, Ana Paula Ferreira, Abílio José Segadães Filho, Tércio Gonçalves de Menezes, Maria Cecília Costa
• Format: Article in Journal/Newspaper
• Language: English
• Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 1987
• Subjects: Elisa; Teste imunoenzimático; Líquido perícárdico; Doença de Chagas; Immunoenzymatic test; Pericardial fluid; Chagas' disease; Arctic medicine. Tropical medicine; RC955-962; Arctic
• Online Access: https://doaj.org/article/a56864630f7442b7949e639ee118cce3

Realizou-se o teste imunoenzimático ELISA, paralelamente à reação de imunofluorescência, para a detecção de anticorpos antí-Trypanosoma cruzi, em 137 amostras de líquidos pericárdicos humanos, colhidos na necropsia. Os resultados foram cotejados com os achados anatomopatológicos. Observou-se que: (1) os dois testes foram positivos em 30 casos e negativos em 105; (2) o teste ELISA foipositivo em 2 casos nos quais a immofluorescència revelou-se negativa; num desses casos, havia sinais morfológicos de doença de Chagas; (3) a média geométrica dos títulos obtidos com o teste ELISA foi significativamente maior que a da imunofluorescência; (4) o índice de concordância entre os dois testes apresentou o valor de 0,985. O presente relato parece-nos inédito quanto ao uso do teste imunoenzimático no líquidoperícárdicopara o diagnóstico post- mortem da doença de Chagas. The immunoenzymatic assay (Elisa) in the pericardial fluid: a new method for the post-mortem diagnosis of Chagas'disease. The immunoenzymatic assay (Elisa) was made in parallel with the immuno-fluorescence reaction, for the detection of anti-Trypanosona cruzi antibodies in 137 samples of human pericardial fluids, collected at necropsy. The results were compared with those of anatomopathological exams. We observed that: (1) the two tests were positive in 30 cases and were negative in 105 ones; (2) the Elisa test was positive in 2 cases in which the immunofluorescence was negative; in one of them we found morphological evidences of Chagas' disease; (3) the geometric mean of titles with Elisa was statistically superior to that obtained with immunofluorescence test; (4) the rate of concordance between the two tests was 0.985. This appears to be the first published report about the use of immunoenzymatic assay in the pericardial fluid for the post-mortem diagnosis of Chagas' disease.